Folha de S.Paulo

Eleitorado de Everaldo rejeita ‘ Estado mínimo’

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DE SÃO PAULO

Na propaganda eleitoral, nos debates e nas entrevista­s, o Pastor Everaldo ( PSC) não se cansa de repetir que é a favor da livre concorrênc­ia e da radical redução do papel do Estado na economia. Seus eleitores, porém, parecem pensar bem diferente disso, mostra o Datafolha.

Seis de cada dez eleitores do pastor afirmam que o governo tem o “dever de ajudar grandes empresas nacionais que corram o risco de ir à falência”.

É o mesmo padrão observado entre os que pretendem votar pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, do PT, tida como intervenci­onista.

Estado mínimo? Xô. Entre os que declaram voto no pastor, 73% dizem que é o governo, sim, que deve ser o maior responsáve­l por investir no país e fazer a economia crescer. Só 18% achamquecr­escimento deveria estar mais ligado às empresas privadas.

Everaldo parece ter mais sintonia com seu público quando o assunto envolve homossexua­is. Ele é o único candidato cuja maioria de eleitores ( 61%) concorda com a frase “a homossexua­lidade deve ser desencoraj­ada”.

As opiniões ideológica­s dos eleitores de Luciana Genro ( PSOL) destoam da média quando o tema é religião. Metade ( 48%) não concorda com a frase “acreditar em Deus torna as pessoas melhores”.

Ninguém rejeita mais a pena de morte que os eleitores de Eduardo Jorge ( PV): só 28% deles concordam que esta seria “a melhor punição” para quem comete um crime grave.

Já a ideia de que a pobreza “está ligada à preguiça depessoas quenãoquer­em trabalhar” faz mais sucesso entre os eleitores de Aécio Neves ( PSDB). A maioria deles, 55%, não pensa assim. Mas o total de 42% que acha isso não é igualadopo­r eleitores de nenhum outro candidato. ( RM)

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