Folha de S.Paulo

Rio tem público recorde e clima antirracis­mo

- DO RIO

Em meio a um clima antirracis­mo, com diversos cartazes de protesto contra a discrimina­ção, Flamengo e Grêmio duelaram neste sábado ( 6), no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.

Foi o primeiro jogo da equipe gaúcha após a suspensão imposta pelo STJD que a eliminou da Copa do Brasil.

Dentro de campo, o Grêmio marcou o seu gol nos acréscimos do segundo tempo e venceu por 1 a 0, interrompe­ndo a série de cinco vitórias dos flamenguis­tas no campeonato.

Mas o que chamou mesmo as atenções estava fora de campo. Acomeçar pelos quase quase 60 mil torcedores que foram ao estádio, registrand­o um recorde de público no campeonato.

Pouco mais de 4.000 ingressos foram colocados à disposição dos gremistas, mas o espaço reservado a eles ficou praticamen­te vazio.

Só cerca de 500 torcedores arriscaram assistir à partida no Maracanã. Muitos chegaram sem a camisa do clube para evitar hostilidad­es.

Em um dos acessos do estádio, torcedores do Flamengo chamavam os gremistas de racistas. Os gaúchos não retribuíra­m aos insultos e os flamenguis­tas aumentaram o tom: passaram a atirar latas de cervejas nos rivais.

Policiais a cavalo dispersara­m a confusão. Não houve feridos nem torcedores presos. A polícia só repreendeu os agressores. Alguns gremistas carregavam faixas com a inscrição “hipocrisia”.

Por outro lado, dentro do Maracanã, houve manifestaç­ões pacíficas contra o racismo. Pais, acompanhad­os dos seus filhos, mostravam cartazes em meio à festa feita pela torcida rubro- negra. ( MARCO ANTÔNIO MARTINS)

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Daniel Marenco/ Folhapress Torcedores gremistas, em pequeno número no Maracanã, também levaram cartazes

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