Folha de S.Paulo

Quem manda sou eu

- F E R R E I R A G U L L A R Álvaro Pereira Júnior

do atuam nos mais diversos campos de atividade. É claro que não basta ser mulher para ser competente e honesta, mas tampouco tem sentido pensar, como antigament­e, que as mulheres só servem para cuidar da casa e dos filhos.

E é por pensar assim que tampouco me agrada o feminismo sectário, que parece orientar as nomeações feitas por Dilma para cargos importante­s. Como a atuação dessas senhoras nem sempre se mostrou muito brilhante, fica a impressão de que não foram escolhidas por sua competênci­a, e sim por pertencere­m ao sexo feminino.

Mas até aí essas decisões da presidente não me chocaram. O que me chocou mesmo foi constatar que a imposição de que a chamem de presidenta não é um simples capricho; é, na verdade, a expressão de um temperamen­to impositivo que não conhece limites.

É o que se deduz da lei por ela assinada que obriga o país inteiro a submeter- se a uma tolice: trata- se da lei n º 12.605/ 12, de 3 de abril de 2012, que diz o seguinte: “As instituiçõ­es de ensino público e privado expedirão diplomas e certificad­os com a flexão de gênero correspond­ente ao sexo da pessoa diplomada”.

Ou seja, gostando ou não, em vez de gerente você será gerenta, em vez de assistente será assistenta, em vez de tenente será tenenta, em vez de correspond­ente será correspond­enta, e por aí vai. Acontece que essa lei é de 2012 e parece que não pegou. Pois é, felizmente, no Brasil nem toda lei pega.

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Rubem Grillo

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