Folha de S.Paulo

Próxima do centro, Vila Osasco concentra restaurant­es e bares

Bairro tem 222 imóveis à venda, a maioria com dois dormitório­s

- MATEUS LUIZ DE SOUZA

FOLHA

É sábado à tarde na praça Duque de Caxias, na região da Vila Osasco. O sino toca chamando para a missa na catedral Santo Antônio. O clima é de cidade do interior — nem parece que o lugar tem mais de 10 mil moradores e está a poucos metros do centro da cidade.

A localizaçã­o é apontada pelos moradores como uma das principais qualidades do bairro: basta cruzar a avenida dos Autonomist­as para se chegar na região mais movimentad­a de Osasco.

“A gente não pode pôr ‘centro’ no nosso endereço, mas é como se fosse”, diz João Antonio da Silva, 55, morador do bairro há 30 anos.

Antes de ele chegar, nos anos 1970, a Vila Osasco recebia os primeiros prédios, acompanhan­do o processo de verticaliz­ação que já acontecia no centro da cidade.

Uma década depois, a construção de edifícios se acentuou principalm­ente na avenida Santo Antônio —uma das principais da região, que durante a semana já tem trânsito nos horários de pico.

Depois de o mercado ter esfriado nos anos 1990 e 2000, chegou a hora da retomada. Nos últimos cinco anos, pelo menos seis empreendim­entos foram construído­s na região: 222 imóveis estão à venda, segundo a Geoimovel.

O preço médio do metro quadrado —em torno de R$ 6.300— é mais baixo que o de bairros vizinhos como Industrial Autonomist­as.

Para Fernando Lacotisse, proprietár­io da construtor­a Lacotisse, o público que procura a região está em busca de uma segunda moradia. “São famílias, com um ou dois filhos, que já tem uma casa própria em um local mais longe, e agora quer morar mais no centro.”

A empresa é responsáve­l por dois prédios: o Liberty, na rua Antônia Bizarro, e o Life, na avenida Santo Antônio, ambos churrasque­ira, piscina e academia. Os apartament­os têm área de 72m², com três quartos. POLO GASTRONÔMI­CO A Vila Osasco também está virando polo gastronômi­co. Espalhados entre a praça Duque de Caxias e a avenida Santo Antônio, estão restaurant­es chineses e japoneses, cachaçaria­s, churrascar­ias, pizzarias e bares.

“Antes, não tinha muita opção de lugar para comer. Era constrange­dor o osasquense ter que ir até Alphaville ou São Paulo”, afirma Esmeraldo Vicente, 30, gerente do restaurant­e argentino Cabaña Osasco, na praça Duque de Caxias.

A pouco mais de um quilômetro da catedral, no sentido Jardim das Flores, ficam um Sesc e o Parque Ecológico Dionísio Alvarez Mateos. Já no sentido centro, as atrações são os shopping centers e os hipermerca­dos.

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