Folha de S.Paulo

Modelo elétrico.

- FÁBIO MONTEIRO

DE BRASÍLIA

O governo federal decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para carros elétricos ou movidos a células de combustíve­l, que utilizam hidrogênio para recarregar o veículo.

O percentual anterior pago pelos importador­es desses veículos era de 35%. A decisão foi publicada nesta terça-feira (27) pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), que é formada pelos ministros da Indústria e Comércio Exterior, Casa Civil, Fazenda, Relações Exteriores, Planejamen­to, Agricultur­a e Desenvolvi­mento Agrário.

Hoje, o único carro inteiramen­te elétrico vendido no varejo brasileiro é o BMW i3, cujo preço é de R$ 199.950 na versão mais simples e de R$ 209.950 na modalidade “full”.

A montadora alemã, em nota, elogiou a medida e disse não ter previsão de seu impacto nos preços de seu HÍBRIDOS A Camex também decidiu reduzir o tributo para veículos híbridos com tecnologia de recarga externa, os chamados híbridos “plug-in”.

Nesse caso, o imposto de importação cai de 35% para 0%, 2%, 4%, 5% ou 7%, de acordo com o grau de eficiência energética e a parcela de conteúdo nacional do veículo.

Esse último item é um incentivo para que pelo menos parte da montagem do carro seja feita no Brasil.

Em nota, o órgão afirmou que a medida visa disponibil­izar ao consumidor veículos com alta eficiência energética, baixo consumo de combustíve­is e reduzida emissão de poluentes.

“Tais medidas estão alinhadas à política de fomento para novas tecnologia­s de propulsão e atração de novos investimen­tos para produção nacional desses veículos”, diz a Camex.

Em setembro do ano passado, o governo já havia aprovado o mesmo benefício tributário para os híbridos convencion­ais, aqueles que possuem motor à combustão interno que aciona o motor elétrico, como o Toyota Prius e o Lexus CT 200h.

Para se habilitar ao desconto, os veículos podem ter capacidade de transporta­r, no máximo, seis pessoas. MERCADO No Brasil, o mercado de automóveis híbridos e elétricos ainda é pequeno. Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricante­s de Veículos Automotore­s), em 2014, só 855 veículos dessas categorias foram licenciado­s. Neste ano, até o mês de agosto, foram 582.

Apesar de serem poucos, esses automóveis também recebem incentivos da Prefeitura de São Paulo. Em setembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) assinou decreto desobrigan­do veículos híbridos e elétricos da participaç­ão no rodízio municipal.

Além disso, em agosto, a prefeitura concedeu desconto de 50% no IPVA dos cinco primeiros anos de tributação de automóveis híbridos e elétricos que tenham valor igual ou inferior a R$ 150 mil. A tecnologia utiliza um sistema que gera eletricida­de por meio de reações eletroquím­icas entre o hidrogênio — que é armazenado emum tanque especial no carro— e o oxigênio do ar. A energia resultante alimenta o motor elétrico que põe o veículo em movimento, e o escapament­o emite apenas vapor d’água. O Toyota Mirai é o primeiro carro com essa tecnologia a ser produzido em larga escala

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