Folha de S.Paulo

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Com resultados desfavoráv­eis nos jogos de ida, e lutam contra estatístic­as desanimado­ras para chegar à decisão da

- GUILHERME SETO

DE SÃO PAULO

Os times da capital paulista que ainda sobrevivem na Copa do Brasil, São Paulo e Palmeiras, têm missões difíceis nesta quarta (28) em seus jogos pelas semifinais.

Derrotado pelo Fluminense por 2 a 1 na ida, o Palmeiras só avança à decisão em caso de vitórias por 1 a 0 ou por mais de um gol de diferença. Caso vença por 2 a 1, a partida vai para os pênaltis —qualquer triunfo com outro placar classifica a equipe do Rio.

Ainda que o gol marcado fora de casa possa dar a impressão de que a equipe tem boas chances de passar de fase, os números do Palmeiras em seu estádio nesta temporada não são animadores.

Nos 32 jogos que fez como mandante, incluindo amistosos, Paulista, Brasileiro e Copa do Brasil, o time conseguiu em apenas 16 ocasiões resultados que o classifica­riam diretament­e à decisão caso fossem repetidos diante do Fluminense.

Além disso, em duas partidas ele venceu por 2 a 1, placar que levaria a semifinal aos pênaltis. Uma dessas vitórias, no primeiro turno do Brasileiro, foi sobre o Fluminense.

Caso avance, o time disputará a quarta final da Copa do Brasil em sua história, com dois títulos (1998 e 2012) e um vice-campeonato (1996).

No caso do São Paulo, derrotado por 3 a 1 para o Santos no Morumbi na última quarta, a perspectiv­a é pior, bem pior. A equipe precisa de vitória com três gols a mais que o adversário ou ganhar por dois gols de diferença desde que marque pelo menos quatro vezes.

Nos 31 jogos que fez fora de seus domínios em 2015, em apenas três vezes conseguiu resultados que, caso repetidos contra o Santos nesta quarta, o colocariam na final da Copa do Brasil pela segunda vez na sua história. A outra ocasião foi em 2000, quando perdeu para o Cruzeiro. REALIDADES DISTINTAS Os diferentes graus de dificuldad­e das missões de Palmeiras e de São Paulo transparec­em nas expectativ­as de seus antigos ídolos sobre os resultados das semifinais.

Herói do título de 1998 da Copa do Brasil, com gol definidor aos 44 minutos do segundo tempo do jogo de volta da final contra o Cruzeiro, o baiano Oséas vê o Palmeiras como favorito.

“Um gol fora de casa ajuda muito. É Copa do Brasil, e a partida vai ser no estádio do Palmeiras, então os jogadores vão entrar com sangue nos olhos”, afirma.

“Para o Brasileiro, faltaram um centroavan­te melhor e algumas peças de reposição de alto nível. Em 1998, se alguém saía, entrava outro quase igual. Isso não acontece no Palmeiras hoje. Mas há jogadores de qualidade.”

Já o ex-atacante Careca, campeão brasileiro pelo São Paulo, não se mostra tão otimista com a classifica­ção do seu ex-time.

“Tinha que ter feito a lição de casa no Morumbi. Agora, ficou muito difícil. Tem que fazer gol e tentar não tomar. Mas contra o Santos não tem como: é um time muito veloz do meio para a frente, moderno, eficiente”, disse o ex-jogador da seleção.

“Para o São Paulo, ganhar a Copa do Brasil salvaria o ano conturbado. Mas o Santos é muito favorito. E se chegar à final, independen­temente do adversário, seja Palmeiras ou Fluminense, deve ser campeão.”

O meia Robinho em treino do Palmeiras

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Lucas Almeida/Futura Press/Folhapress O atacante Alan Kardec em treino do São Paulo
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Cesar Greco/Fotoarena/Folhapress

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