Com real fraco, Rio-2016 busca receita em dólar
por meio de patrocínios. Empresas também terão de seguir certas cláusulas.
A iniciativa é da organização Atletas pelo Brasil, com o Instituto Ethos e a entidade empresarial Lide Esporte.
O pacto inclui itens baseados na lei anticorrupção, que está em vigor no país desde janeiro de 2014, e nas alterações de 2013 da Lei Pelé, que limitaram os mandatos de cartolas e obrigaram as entidades do país a terem maior participação de atletas em suas decisões.
DE NOVA YORK
Para não ficar no vermelho com a desvalorização do real, o Comitê Organizador da Rio-2016 tem tentado compensar gastos em dólar com o que arrecada em moeda estrangeira, disse seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, nesta terça (27), em Nova York.
Ele citou gastos em dólar —passagens aéreas e remuneração de consultores internacionais— e receitas, como parte dos patrocínios captados pelo Comitê Olímpico Internacional.
“Uma parte melhora com recebimentos do COI e outra temos que pagar [em dólar]”, disse após uma apresentação sobre os Jogos em evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA.
Se o comitê estourar o orçamento (R$ 7,4 bi), terá que suprir o deficit com receitas próprias. “Não vou dizer [que esteja] zero a zero [as contas] (...). Quem organiza os Jogos tem os ônus e os bônus”, afirmou. (THAIS BILENKY)