Black Friday. Agora, o crescimento tende a se estabilizar conforme o seu público fica mais definido.
DE SÃO PAULO
As vendas do comércio eletrônico na Black Friday devem ter neste a menor expansão desde que a data promocional estreou no Brasil, em 2010. A expectativa é que os negócios atinjam R$ 978 milhões uma alta de 12%, forte desaceleração em relação aos 105% do ano passado.
A estimativa é da ClearSale, que verifica e faz autenticação de 85% das compras feitas na internet no evento, que neste ano será realizado em 27 de novembro —entram nesse cálculo apenas produtos que envolvem entrega (o que exclui passagens aéreas, por exemplo).
Originária nos EUA, a Black Friday é realizada sempre um dia depois do feriado de Ação de Graças, comemorado na quarta quinta-feira de novembro, e costuma servir de termômetro para as vendas de Natal.
A consultoria E-bit prevê R$ 1,5 bilhão em vendas neste ano. Nesse caso, a conta inclui vendas realizadas na quinta-feira e produtos que não são físicos, como passagens aéreas.
De acordo com Pedro Chiamulera, diretor da ClearSale, o ritmo menor responde não só à crise mas à saturação do evento: enquanto era novidade, o número de consumidores crescia absorvendo parcela importante das compras de fim de ano, o que fez com que o pico das vendas do e-commerce fosse transferido de 18 de dezembro para a ‘MP DO BEM’ Juliano Motta, diretor-geral do site Busca Descontos, responsável pelo site blackfriday.com.br, ressalta que o setor de comércio eletrônico continuará a se beneficiar da medida provisória 690, a “MP do Bem”, que desonera a tributação sobre eletrônicos.
Com previsão para deixar de valer, inicialmente, no dia 1º de dezembro, ela foi prorrogada até fevereiro por meio de ato publicado no “Diário Oficial” no dia 21 de outubro.
Caso fosse extinta em dezembro, vendas da Black Friday com nota emitida em dezembro, assim como as vendas de Natal, deixariam de se beneficiar do IPI reduzido —perda que seria ampliada pelos descontos concedidos. ‘BLACK FRAUDE’ Segundo o site Reclame Aqui, em 2014 consumidores apontaram maquiagem de preços e dificuldades de continuar a compra depois que o produto foi adicionado ao carrinho da loja virtual, além de problemas como lentidão nos sites e preços de fretes que anulavam grande parte dos descontos.
Para este ano, o site pretende ter selos para destacar as empresas que se saem bem. Elas poderão ser classificadas como “ótimo”, “bom” e “RA1000” (excelente) com base na reputação obtida nos últimos seis meses.
“A empresa tem que informar ao consumidor que o estoque não é infinito e que está esgotado”, diz Maurício Vargas, presidente do Reclame Aqui, sobre o tipo de medida que as companhias devem tomar para receber o selo. No evento, o site terá 30 As vendas começarão em horário comercial —ou seja, nada de fila à 0h, como é costume da Apple. No dia 6, haverá pré-venda pelo site da companhia. Os preços não foram anunciados, mas se espera que os novos smartphones batam recorde de preço, chegando a mais de R$ 4.000.