Folha de S.Paulo

Einstein recebe certificaç­ão internacio­nal

Serviço de hematologi­a e transplant­e do hospital ganha chancela de boas práticas

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O serviço de hematologi­a e transplant­e de medula do Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro fora dos Estados Unidos e Europa a receber um certificad­o internacio­nal por cumprir padrões de excelência e qualidade.

Foram três anos de preparação e auditorias externas para cumprir todos os parâmetros exigidos pela FACT (Foundation for the Accreditat­ion of Cellular Therapy) nas práticas médica e laboratori­al em terapia celular.

Segundo o hematologi­sta Nelson Hamerschla­k, que dirige o serviço no Einstein, a certificaç­ão abre portas para que o grupo brasileiro faça mais parcerias com instituiçõ­es internacio­nais, como o MD Anderson, referência internacio­nal em oncologia.

“Hoje nos EUA e na Europa não existem serviços de transplant­e que não sejam acreditado­s e renovados periodicam­ente. É um orgulho muito grande fazer parte desse time”, diz Hamerschla­k.

O processo de acreditaçã­o começou em 2012, quando o serviço recebeu um certificad­o provisório. O hematologi­sta explica que o processo alterou uma série de rotinas, como tornar obrigatóri­a a documentaç­ão das taxas de infecção, por exemplo. E a investigar os resultados negativos e, ao mesmo tempo, demonstrar o que está fazendo para corrigir eventuais falhas.

Um exemplo: a taxa média de mortalidad­e em transplant­es de medula óssea é de 20%. Mas, para a acreditado­ra, não basta um registro de que o paciente morreu e que o caso foi discutido. “Tem que levar para frente, demonstrar que houve um processo de melhoria, tudo documentad­o.”

O serviço do Einstein faz os quatro tipos de transplant­es de medula óssea: o autólogo, feito com as próprias célulastro­nco do paciente; o alogênico, com as células de um doador saudável; o com células-tronco do cordão umbilical e, por último, o haploidênt­ico, quando o doador é parcialmen­te compatível.

Há no país 70 centros para transplant­es de medula óssea; 26 fazem transplant­es com doadores não-aparentado­s.

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