Cantareira começa 2016 em situação menos grave
Reservatório deve sair do volume morto
O sistema Cantareira iniciará 2016 em uma situação mais confortável do que começou este ano, apesar de ainda estar longe dos níveis de antes do início da crise hídrica.
No sábado (26), o sistema operava com 21,6% de sua capacidade. Em 25 de dezembro de 2014, o índice apontado pela Sabesp era de 5,6%.
A melhora é resultado de chuvas acima da média desde setembro e de uma forte política de racionamento não oficial, que tem secado as torneiras diariamente.
A água retirada do manancial hoje é menos da metade do que era antes da crise. O número de pessoas atendidas pelo Cantareira passou de 9 milhões para 5 milhões.
Mesmo com a melhora, a situação ainda está longe da normalidade. Atualmente, o sistema tem 275 bilhões de litros armazenados, contra 554,8 bilhões no dia 1º de janeiro de 2014, antes da crise.
Quando atingir 22,65%, o Cantareira sai do volume morto. A reserva passou a ser utilizada em julho do ano passado, graças à bombas instaladas emergencialmente.
Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), então candidato à reeleição, não cogitava adotar um rodízio, apesar da falta de chuvas.
As alternativas adotadas foram o remanejamento de água entre sistemas, a diminuição no consumo estimulada pelo bônus na conta e a redução na pressão da água durante a noite. As medidas devem permanecer durante o próximo ano.