Folha de S.Paulo

FEITO EM casa

Santos muda estrutura e filosofia das categorias de base para tentar melhorar formação de jogadores

- KLAUS RICHMOND

COLABORAÇíO PARA A FOLHA, DE SANTOS

No ano em que foi finalista em todas as cinco categorias do Campeonato Paulista de base, mas levou a taça apenas no sub-13, o Santos implemento­u uma reformulaç­ão na formação de atletas para o time profission­al.

Em 2015, trocou o técnico em quatro times (sub-20, sub15, sub-13 e sub-11) e se viu envolvido em um escândalo com denúncias de cobrança por vagas para jovens que queriam entrar no clube.

As mudanças, de acordo com o clube, têm como objetivo adequar os profission­ais a uma nova linha na base. Vencer deixou de ser o principal objetivo.

“Nós queremos revelar talentos para a equipe principal, realmente formar o atleta. O nosso foco não é mais ganhar títulos, nem sempre isso dá qualidade para subir”, explica Ronaldo Lima, gerente da base santista.

O histórico recente do clube é positivo. Nenhum outro grande paulista tem tantos atletas formados nas categorias de base entre seus titulares no time principal. Foram quatro jogadores no final da temporada 2015 escalados por Dorival Júnior: o zagueiro Gustavo Henrique, o lateral Zeca, o volante Thiago Maia e o atacante Gabriel.

Nas trocas de comando na Vila Belmiro, nomes até então prestigiad­os deixaram o clube. Caso do ex-treinador do sub-20, Pepinho, campeão da Copa São Paulo em 2014 e filho do ex-ponta Pepe, demitido em outubro. DENÚNCIA Outras questões também fizeram os dirigentes repensarem a formação de atletas no clube. Como o caso da suspeita criada após a denúncia de venda de vagas na base santista, revelada pela TV Record em julho deste ano.

Na ocasião, uma gravação flagrou André Luiz Rodrigues Fernandes, conhecido como Andrezinho, que se identifica­va como funcionári­o do instituto do atacante Neymar, negociando vagas para um suposto pai de jogadores.

O clube criou comissão para investigar irregulari­dades e promete divulgar relatório com apurações. Ele será concluído no início de 2016. Desde então, acessos foram restringid­os na Vila e no CT Rei Pelé. “As medidas necessária­s foram tomadas. O planejamen­to é para que nada mais ocorra”, diz Modesto Roma Júnior, presidente do Santos.

PERDA

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