Judoca do Kosovo vai à Rio-2016 por ouro e reconhecimento diplomático
Assim como muitos atletas, a judoca kosovar Majlinda Kelmendi, 24, superou dificuldades para poder defender seu país em Olimpíadas. No caso dela, porém, os principais desafios não vieram dos tatames, mas da política.
Majlinda é a principal aposta de medalha de Kosovo, nação que foi reconheci- da pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) no ano passado e fará sua estreia em Jogos Olímpicos no Rio.
Bicampeã mundial em 2013 e 2014 na categoria até 52 kg (a mesma da brasileira Érika Miranda), a atleta também esteve na Olimpíada de Londres, em 2012, quando defendeu a Albânia e acabou eliminada na segunda luta.
Um ano depois, na conquista do Mundial realizado no Rio, Majlinda já trajava um quimono com as iniciais “KOS”, em vez de “ALB”.
No bicampeonato, porém, questões diplomáticas arranharam a conquista. A competição foi disputada na Rússia, que, assim como o Brasil, não reconhece Kosovo como um país independente.
Majlinda foi obrigada a competir com a sigla IJF, da Federação Internacional de Judô, nas costas. Ao vencer o torneio, ela não pôde ver a bandeira de Kosovo no pódio, nem escutou o hino nacional.
“Foi uma sensação tão ruim para mim. Espero não ter que passar por situações como essa novamente”, disseà Folha.
A atleta acredita que a estreia de Kosovo nos Jogos pode