Folha de S.Paulo

Supernevas­ca faz EUA cancelar voos e fechar colégios

Expectativ­a é que forte tempestade atinja 15 Estados neste fim de semana; mais de 6.300 voos foram cancelados

- MARCELO NINIO Colaborou THAIS BILENKY, de Nova York Confira os voos entre EUA e Brasil cancelados folha.com/no1732367

Uma nevasca no leste dos EUA que deve atingir 15 Estados e afetar 75 milhões de pessoas provocou o cancelamen­to de mais de 6.300 voos, o fechamento de escolas e repartiçõe­s e o adiamento de eventos esportivos e culturais. Em Washington e Nova York, moradores estocaram alimentos.

Em Washington e em Nova York, moradores correm para comprar mantimento­s; metrô da capital é fechado

Uma forte nevasca que pode atingir mais de 75 milhões de pessoas no fim de semana chegou nesta sexta-feira (22) à região Leste dos Estados Unidos. Segundo os serviços meteorológ­icos, a tempestade, batizada de Jonas, pode ser uma das dez maiores a atingir a região.

Mais de 6.300 voos previstos para sexta e sábado (22 e 23) foram cancelados, e a expectativ­a era de que 15 Estados fossem atingidos. Em pelo menos cinco deles —Tennessee, Carolina do Norte, Virgínia, Maryland e Pensilvâni­a— e no Distrito de Columbia, as autoridade­s decretaram estado de emergência.

Pelo menos seis pessoas morreram em acidentes de carro causados pela nevasca nos Estados de Arkansas, Tennessee e Kentucky.

O governo federal suspendeu as atividades na capital já no início da tarde de sexta. Escolas e repartiçõe­s públicas foram fechadas em toda a região, e eventos culturais e esportivos, adiados. Espera-se que a situação seja estabiliza­da no domingo (24).

Os moradores de Washington correram aos supermerca­dos para estocar alimentos. A meteorolog­ia alerta que a cidade será coberta por 60 centímetro­s de neve ou mais.

A orientação é para que os moradores das áreas mais atingidas estoquem artigos básicos para até uma semana e fiquem em casa. Se as previsões se confirmare­m, será o maior volume de neve já registrado na capital americana.

Numa decisão rara na cidade, as autoridade­s decidiram fechar o metrô na noite de sexta (22). O serviço só voltará a funcionar na segunda (25).

Funcionári­a do Senado, Helen Harrys pediu dispensa do trabalho de manhã e foi às compras. Com o carrinho cheio, aguardava numa longa fila que se estendia por todos os corredores de um supermerca­do no centro da capital. “Às vezes a meteorolog­ia promete e não cumpre. Mas dizem que desta vez a tempestade será épica”, disse.

Várias prateleira­s estavam vazias, como a do leite, do pão e da água. Na fila do supermerca­do e nas redes sociais, a tempestade era o assunto dominante, com críticas à in- capacidade do governo em manter a cidade funcionand­o.

A preocupaçã­o aumentou depois da prévia da última quarta (20), quando a cidade ficou praticamen­te paralisada com meros 3 centímetro­s de neve. Até o presidente Barack Obama ficou preso no trânsito ao voltar de viagem.

“Não fornecemos os recursos num momento em que poderia ter feito a diferença”, reconheceu a prefeita de Washington, Muriel E. Bowser. NOVA YORK Em Nova York, a chegada iminente da nevasca elevou em 20% a demanda num supermerca­do da rede Morton Williams, segundo o gerente.

A provedora de energia ConEdison enviou e-mail aos clientes com oito instruções para a chegada da neve.

“Se acabar a energia, apague as luzes e desligue aparelhos para não sobrecarre­gar a energia quando restaurada”, orienta a empresa. “Use velas e lanternas com cuidado.”

Segundo o Centro de Previsão do Tempo de College Park, Maryland, a nevasca pode provocar prejuízos de mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,1 bilhões).

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em Washington
Casal caminha em meio à neve, com Capitólio ao fundo, em Washington
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