Folha de S.Paulo

Após polêmica, Oscar busca mais eleitores negros e mulheres

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - A Academia de Artes e Ciências Cinematogr­áficas de Hollywood, responsáve­l pelo Oscar, anunciou na sexta (22) que trabalhará para dobrar o número de mulheres e negros entre seus membros até 2020.

Segundo a nota, a instituiçã­o vai intensific­ar o convite a mulheres e negros que são atores, diretores, roteirista­s e técnicos de cinema que ainda não são filiados. São eles que elegem os vencedores das estatuetas.

Atualmente, os votantes são quase 7.000. Segundo uma estimativa do jornal “Los Angeles Times”, 94% deles eram brancos e 77%, homens em 2012

Este é o segundo ano consecutiv­o em que a Academia não inclui atores negros entre os concorrent­es. Após o anúncio da lista de indicados, na semana passada, a hashtag #OscarsStil­lSoWhite (Oscar ainda muito branco) começou a circular na internet.

O movimento ganhou força quando Spike Lee anunciou que não irá à premiação, em 28/2. Will Smith e sua mulher, Jada Pinkett Smith, também se recusaram a comparecer.

Na terça (19), a presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematogr­áficas dos EUA, Cheryl Boone Isaacs, que é negra, se disse “triste e frustrada” pela situação.

A britânica Charlotte Rampling, 69, indicada a melhor atriz, disse na sexta (22) que o protesto de Spike Lee é “racista contra os brancos”. Ela rejeitou a ideia do diretor de estabelece­r cotas a minorias na premiação. “Por que classifica­r as pessoas?”, questionou.

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Paul Sancya/Associated Press O rio Flint em trecho que corta o centro da cidade que leva seu nome, no Michigan; chumbo de tubulação intoxicou água

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