Folha de S.Paulo

Ex-banqueira do mensalão leciona naescolada­trupe

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COLABORAÇíO PARA A FOLHA

No final de 2015, o grupo Primeiro Ato, que completa 34 anos e é um dos mais importante­s de Minas Gerais, apareceu no noticiário por motivos mais políticos do que artísticos.

Na época, a ex-banqueira Kátia Rabello, condenada no escândalo do mensalão, recebeu direito ao regime semiaberto para trabalhar durante o dia na escola de dança da companhia.

“Kátia fundou a escola comigo, trabalhamo­s 14 anos juntas. Fico feliz como cidadã em dar uma oportunida­de para uma pessoa tão íntegra”, diz Suely, diretora do Primeiro Ato, que conheceu Katia quando eram bailarinas do grupo Corpo.

Segundo a diretora, a escola precisava de alguém que coordenass­e o curso de balé clássico e ajudasse a escrever o método de ensino da companhia.

Suely ressalta que o grupo e a escola são instituiçõ­es diferentes, cada uma com CNPJ próprio. “Kátia veio trabalhar na escola, uma sociedade anônima, que nunca teve apoio do governo e sempre se mantevecom­asmensalid­ades.”

Jáacompanh­iaéumaasso­ciação sem fins lucrativos, “que se mantém com a renda dos espetáculo­s, editais e patrocínio­s —quando eles existem”, explica ela.

O espetáculo “Três Luas”, que estreia neste sábado em São Paulo, foi montado com dinheiro do Banco do Brasil a partir de edital de 2014. (IB)

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