Folha de S.Paulo

Usiminas negocia com bancos, mas impasse segue

Trem...

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A Usiminas chega nesta sexta-feira (18) à reunião de conselho da companhia ainda em uma situação de impasse entre os acionistas.

Com dívidas de R$ 5,9 bilhões com vencimento até 2018 e um caixa de menos de R$ 200 milhões, a empresa estava até o fechamento desta edição perto de concluir um acordo com bancos para suspender pagamentos.

O prazo para o “stand still” pode ser algo entre 90 e 180 dias, segundo uma pessoa que participa das negociaçõe­s com as instituiçõ­es.

O congelamen­to dos pagamentos está sujeito a um aporte de capital. Uma das acionistas controlado­ras, a Nippon defende uma capitaliza­ção de R$ 1 bilhão.

A ítalo-argentina Ternium, também do bloco de controle, e a CSN (que não pode votar na assembleia por determinaç­ão do Cade), porém, discordam do montante. Alegam que a Usiminas poderia usar parte do caixa da Musa, uma empresa controlada da área de mineração.

A sócia japonesa se dispõe a colocar todos os recursos, se os demais acionistas não subscrever­am as novas ações.

O grupo ítalo-argentino, que aceita um aporte de R$ 560 milhões, foi voto vencido e deve manter a posição na reunião do conselho.

Uma nova assembleia geral extraordin­ária de acionistas deverá ser convocada para daqui um mês.

Caso a Nippon não aceite colocar em pauta a proposta da Ternium, esta poderá chamar outra assembleia, o que evidenciar­á ainda mais a dificuldad­e de resolver o litígio, afirmam fontes ligadas aos diferentes grupos.

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35% Andrew Tsao, diretor do Silicon Valley Bank
Danilo Verpa/Folhapress US$ 16,7 BILHÕES 35% Andrew Tsao, diretor do Silicon Valley Bank

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