Folha de S.Paulo

Mídia é alvo de hostilidad­e e de críticas pelo país

- DE SÃO PAULO DO RIO

DA AGÊNCIA FOLHA

Participan­tes dos atos em todo o país fizeram críticas e hostilizar­am a TV Globo e a mídia. Em Brasília, manifestan­tes chutaram e bateram em um carro da emissora que parou em frente ao museu Nacional. Alguns militantes pediram para que os outros parassem o ataque. O carro deixou o local.

Durante discursos no carro da CUT na capital federal, manifestan­tes criticam a Globo, o juiz Sergio Moro e a política econômica do governo Dilma.

Na avenida Paulista, em São Paulo, foram distribuíd­os panfletos em que um quepe militar aparece sobre o logo da emissora, onde está escrito “TV Golpe”.

Nem a Globo nem a GloboNews transmitir­am ao vivo o discurso de Lula na Paulista —mais tarde, exibiram trechos da fala do petista.

Diferentem­ente do que ocorreu no dia em que foi levado à força para depor, desta vez Lula não atacou a mídia em sua fala, marcada pela moderação.

Em Vitória, Aracaju, Belém e Campo Grande, os manifestan­tes protestara­m em frente às afiliadas da TV Globo. Uma equipe da emissora TV Verdes Mares, afiliada da Globo, foi hostilizad­a em Fortaleza.

Em Brasília, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse em entrevista que a mídia incita o golpe. “A opinião publica é manipulada pela grande mídia, como a própriaFol­ha.”

Em discurso no ato do Rio, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirmou: “Não podemos assistir a uma tentativa de golpe patrocinad­o pela grande imprensa. A Operação Lava Jato se anuncia como salvadora do Brasil, mas não é nada disso. Ela representa um retrocesso que pode levar anos para ser revertido”.

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