Promotoria denuncia ex de Luiza Brunet à Justiça
Empresário é acusado de agredir atriz em dois episódios, em NY e no Brasil
Lírio Parisotto nega acusações e afirma que foi agredido; denúncia precisa ser aceita para que ele se torne réu
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça nesta segunda (25) o ex-companheiro de Luiza Brunet, 54, sob a acusação de violência doméstica contra a ex-modelo e atriz da TV Globo.
No documento, a Promotoria diz que ela foi agredida pelo empresário Lírio Parisotto, 62, em pelo menos duas ocasiões: em dezembro de 2015, no Brasil, e em maio deste ano, em Nova York.
A denúncia agora precisa ser aceita pela Justiça de São Paulo para que o ex-companheiro da atriz se torne réu e responda pela acusação de lesão corporal.
O empresário, em depoimento, negou as agressões — diz que ele é que foi agredido pela ex-modelo. A Folha não conseguiu falar com a defesa dele na noite desta segunda —o advogado não atendeu às chamadas no telefone celular.
No mês passado, a atriz relatou um episódio de agressão em um apartamento em Nova York. Ela disse ter levado um soco no olho e chutes e contou ter sido imobilizada e quebrado quatro costelas.
O caso foi denunciado à Justiça pelo promotor Carlos Bruno Gaya da Costa como uma agressão de natureza leve.
Além desse, ele incluiu na denúncia um novo episódio envolvendo o casal, de dezembro do ano passado, também no contexto de violência doméstica e no qual a ex-modelo teve um dedo quebrado.
Esse caso foi incluído na denúncia à Justiça como sendo de natureza grave. GRAVIDADE O promotor diz que a diferença na gravidade dos dois casos de agressão relatados envolve uma questão jurídica. A lei estabelece três gradações para lesão corporal: leve, grave e gravíssima.
“Pode causar estranhamento ao senso comum, porque fraturar costelas pode parecer muito mais grave”, diz.
“Mas a lei obedece a critérios objetivos para classificar a lesão. A fratura nas costelas não a incapacitou para as suas atividades cotidianas. O dedo quebrado, sim, ela teve que ficar com uma tala imobilizando o dedo por mais de 30 dias. Isso configura a lesão do dedo como grave”, justificou Gaya da Costa.
A pena em caso de condenação pode ir de três meses a cinco anos de reclusão.
A assessoria de Luiza Brunet diz que ela só deve se manifestar sobre a denúncia nesta terça (26). Após relatar o episódio de Nova York, ela divulgou uma fotografia em que aparece com o olho roxo.
O empresário Lírio Parisotto prestou depoimento à Promotoria no dia 14, quando negou as agressões. Afirmou ter sido agredido pela ex-companheira —que nega.