Polícia invade palácio e dissolve ocupação contra governo Temer
O Ministério da Cultura informou que pediu a reintegração de posse do Palácio Gustavo Capanema para que “as obras de reforma orçadas em R$ 20 milhões tenham a devida continuidade”.
Para isso, segundo o ministério, o prédio histórico será esvaziado em até 90 dias para restauração.
A pasta informou que os órgãos federais que funcionam na estrutura —como a Funarte (Fundação Nacional de Artes) e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional)— serão transferidos temporariamente para outros endereços no Rio.
“A obra de restauro completo do prédio deverá estar concluída em 24 meses e contempla, além da fachada, também o interior do edifício, com instalação de sistema de arcondicionado”, diz nota.
O MinC informou ter identificado vandalismo ao imóvel, tombado pelo Iphan. “Nas últimas semanas, multiplicaram-se os relatos de práticas de delitos, como intimidação a servidores, depredação do patrimônio histórico, circulação de menores e uso de drogas”.
Um relatório técnico do Iphan aponta danos na área dos jardins e pichações em azulejos de Candido Portinari e no piso na área dos pilotis do prédio. O painel expositivo sobre a obra, diz o relatório, também foi danificado com vestígios de tinta.
Os representantes jurídicos dos ativistas dizem que não houve avarias e que a ocupação protegeu o patrimônio público.
Segundo o MinC, “longe de levar a cabo uma pauta reivindicatória, os invasores, que agora alegam pacifismo, passaram a dedicar-se ao planejamento e execução de atos violentos, covardes e intimidatórios”.