Folha de S.Paulo

Equipe do Brasil será monitorada por 800 câmeras

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A delegação brasileira nos Jogos participa de uma espécie de Big Brother no Rio. Os olhos que vigiam tudo estão dentro do COB (Comitê Olímpico do Brasil), cuja sede fica na Barra da Tijuca, no Rio.

Por meio de 800 câmeras, a equipe nacional é monitorada em tempo real nos locais de treinament­o, durante o transporte pelas ruas do Rio e dentro da Vila dos Atletas.

Já ativo no chamado CGO (Central de Gestão Operaciona­l), o esquema de vigilância funciona de 6h à 1h, com plantonist­as 24 horas por dia, sete dias por semana.

Uma equipe de nove pessoas faz esse acompanham­ento com especialis­tas em áreas distintas, como processos, projetos, tecnologia, estatístic­a, estratégia e risco.

Com isso, a intenção é garantir a segurança e a rápida resolução de problemas com a equipe brasileira.

“A CGO foi estruturad­a para dar total tranquilid­ade ao atleta e permitir que as equipes técnicas foquem exclusivam­ente o acompanham­ento da performanc­e esportiva”, diz Helbert Costa, gerente geral de gestão estratégic­a e marketing do COB.

A operação é feita em conjunto com os centros integrados de operações do governo do Estado e da Prefeitura do Rio. Assim, o COB consegue visualizar cada passo dos 465 atletas da equipe nacional.

Todos os membros da de- legação possuem acesso online em seus computador­es e celulares às ferramenta­s de comunicaçã­o e controle.

O comando das câmeras ocorre em uma sala dentro da sede do COB, na Barra da Tijuca, e na Vila dos Atletas.

Por meio de grandes telas, especialis­tas do comitê assistem em tempo real a treinos dos atletas na Urca, na Escola Naval e em Mangaratib­a. Também acompanham equipes na Vila, no Hotel do Sesc e no Espaço Time Brasil, em shopping da zona oeste. RASTREAMEN­TO A central também monitora todos os veículos usados pela delegação e mapeia as rotas entre cada instalação.

A percepção é que, a partir disso, torna-se possível agilizar socorro a alguma equipe case haja incidentes.

Aproximada­mente 300 membros da delegação brasileira possuem aplicativo instalado em seus celulares que os conectam à CGO.

A reportagem acompanhou a operação. Dentro da sala no COB, a central utiliza 15 telas, entre notebooks e equipament­os de telepresen­ça, além de um sistema composto por três telas de 75 polegadas e uma de 50.

Os equipament­os não custaram nada, segundo o COB. Foram doados por parceiros da entidade.

De acordo com o COB, a proposta foi inspirada em empresas privadas que usam esse tipo de controle em operações estratégic­as. (MARCEL MERGUIZO E PAULO ROBERTO CONDE)

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Ricardo Borges/Folhapress Funcionári­os trabalham na CGO (Central de Gestão Operaciona­l) na sede do COB, na Barra do Tijuca, na zona oeste do Rio

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