Brasil bate a Argentina em partida relâmpago
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Clássico é clássico e... Nem sempre. No caso do vôlei, apesar da rivalidade entre os países, as seleções femininas do Brasil e da Argentina não promovem um verdadeiro dérbi em quadra.
Na noite desta segunda-feira (8), no Maracanãzinho, o que se viu foi uma vitória fácil e rápida das atuais bicampeãs olímpicas contra as vizinhas sul-americanas, que estreiam em uma edição dos Jogos.
O time de Sheilla, Dani Lins, Juciely, Fabiana, Natália, Fê Garay e a líbero Léia passeou com tranquilidade por 3 sets a 0 (parciais de 25/16, 25/19, e 25/11), em uma hora e nove minutos. A Federação Internacional diz que o tempo ideal de um jogo é uma hora e 45 minutos.
E, novamente, ao fim da partida, as jogadoras cumprimentaram a torcida à beira da quadra em uma espécia de volta olímpica.
Das titulares, a central Thaísa, ainda se recuperando de dores na panturrilha, foi a única que não jogou.
O técnico José Roberto Guimarães, que está desde 2003 no comando da seleção e nunca perdeu para a seleção argentina, aproveitou para manter as titulares quase todo o tempo em quadra e fez poucas alterações na equipe. LUZES E PANTERAS Se o duelo não é tão palpitando entre as equipes, outros elementos de um Brasil e Argentina estiveram presentes no ginásio.
Desde a apresentação dos times —no melhor estilo NBA, com show de luzes e música alta— as vaias estiveram a todo momento nos ouvidos das Panteras, como são chamadas as jogadoras argentinas.
Do momento do saque à comemoração dos pontos, a torcida brasileira fez sua parte tentando atrapalhar as rivais. Algumas bandeiras, além de camisas azuis e brancas, podiam ser vistas nas arquibancadas, que estavam praticamente lotadas e pintadas de verde e amarelo.
A oposta Sheilla foi a maior pontuadora da partida, com 14 acertos.
Do lado argentino, Mimi Sosa —central de 1,77 m que joga no Brasil— foi um dos poucos destaques positivos, principalmente no saque.
Com duas vitórias no grupo, o Brasil volta a jogar nesta quarta-feira (10), contra o Japão, novamente com início previsto para as 22h35 —nesta segunda, o jogo começou com 20 minutos de atraso.
Na primeira rodada, o Brasil vencera também com facilidade o time semiamador de Camarões, por 3 a 0 (25/14, 25/21 e 25/13).
Uma das estratégias adotadas pelo time de Zé Roberto —com apoio do COB (Comitê Olímpico do Brasil— foi antecipar o jantar das jogadoras e fazê-lo no próprio Maracanãzinho. Uma sala foi separada para o time fazer a refeição antes de voltar para a Vila Olímpica, que fica na Barra da Tijuca, a cerca de uma hora do Maracanã.
A estratégia deve ser adotada pela equipe masculina, que joga nesta terça, também às 22h35, contra o Canadá.
As seleções brasileiras de vôlei jogam nesse horário a pedido da Rede Globo.
As argentinas, com duas derrotas até agora no torneio, também voltam a jogar na quarta, contra Camarões.
Os quatro primeiros de cada grupo de seis equipes avançam às quartas de final.
Também nesta segunda, pelo mesmo grupo do Brasil, o Japão venceu Camarões (3 a 0), e a Rússia bateu a Coreia do Sul (3 a 1).