Donald Trump anuncia seu programa econômico
Em seu primeiro grande discurso sobre economia, em Detroit, republicano adota tom sóbrio
O candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, mostrou nesta segunda-feira (8) um tripé econômico que promete aplicar caso seja eleito: redução de impostos para trabalhadores e empresas americanos, corte de regulações e revisão de acordos comerciais com outros países, como o Nafta.
O anúncio de Trump foi visto como uma tentativa de rebater as críticas de que seria incapaz de se aprofundar em questões como política externa e economia.
No evento, tentou ainda derrubar a pecha de destemperado — não retrucou em nenhuma das 11 vezes em que foi interrompido por manifestantes.
Último ponto contradiz partido em defesa de livre mercado; analistas se dividem a respeito de resultado de propostas
Donald Trump passou por dois testes nesta segunda (8), num momento em que críticos colocam em xeque sua qualificação e fleuma para ser presidente dos EUA.
Ao apresentar seu plano econômico, o candidato republicano à Casa Branca se esforçou para reverter a ideia de que ele seria incapaz de se aprofundar em questões cruciais da governança, de política externa a economia.
Três dias após anunciar seu time de assessores para a área —13 homens brancos, entre bilionários e executivos financeiros—, Trump deu mais detalhes de como quer concretizar o slogan “faça os EUA grandiosos de novo”.
O programa inclui dois tópicos consagrados na cartilha republicana de Estado mínimo: um corte drástico de impostos —que chegariam a zero “para muitos trabalhadores” e cairiam de 35% a 15% para corporações, das micros às 500 mais no ranking da “Fortune”— e a redução maciça de regulações.
O terceiro vértice, que não condiz com a defesa de livre mercado feita pelo partido, é um passo atrás com acordos comerciais, acusados de roubar empregos locais —os maiores vilões seriam o Nafta (com México e Canadá) e o Tratado Transpacífico (com 11 países da região).
MODOS O segundo desafio de Trump era superar o rótulo de destemperado, que grudou após uma das piores semanas de sua candidatura, na qual brigou com a família de um militar muçulmano dos EUA morto no Iraque e expulsou de um comício uma mãe cujo bebê chorava.
Em evento privado no Clube Econômico de Detroit, o republicano não contra-atacou nas 11 vezes em que foi interrompido por manifestantes, no que pareceu ser um protesto orquestrado.
Uns criticaram suas políti-