Folha de S.Paulo

Herdeira defende quadro polêmico de Di Cavalcanti

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Numa decisão que pode aplacar suspeitas sobre uma obra de Di Cavalcanti agora em exposição no Museu de Arte do Rio, a filha do modernista, Elizabeth Di Cavalcanti, adiantou à coluna que a tela “Samba”, também conhecida como “Mulatos de San Cristobal” e “Carnaval”, entrará para o catálogo raisonné de seu pai.

Em preparação, o volume que reúne toda a produção do artista deve sair nos próximos anos, pondo fim a boatos de que a obra seja falsa.

Uma prova da autenticid­ade, segundo Elizabeth, é a reprodução da tela em 1928 na revista “Para Todos”, em que a obra é atribuída ao artista.

O quadro teria sido vendido pelo pintor a um diplomata mexicano até ser comprado pelo uruguaio Martín Castillo.

Entre os que desconfiam da obra, o argumento é que seria estática demais a composição. Outros dizem se tratar de um original, mas que foi repintado por um desconheci­do sem talento. “Quem diz que a obra é falsa está movido por inveja”, diz Castillo. “É inveja de ter deixado passar a chance de comprar uma boa obra.”

Descobrime­nto Já foi assinado o contrato entre a prefeitura paulistana e o Bank of America para o restauro dos painéis da “Exposição de História de São Paulo”, que narram a descoberta do Brasil e inaugurara­m a Oca em 1954. As obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Clóvis Graciano e Manuel Lapa serão retocadas a um custo de cerca de R$ 630 mil —o banco não confirma o valor.

Atraso Ficará para novembro a abertura da filial da galeria Fortes Vilaça no Rio. Instalado na antiga carpintari­a do Jockey Club, o espaço teve de aumentar a altura do teto para receber obras, e a reforma atrasou. A ideia era inaugurar em setembro, junto com a feira ArtRio.

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Tela ‘Samba’; no detalhe, página da revista ‘Para Todos’, de 1928

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