Folha de S.Paulo

A Cor do Som sai em turnê e grava inéditas

Quase 30 anos após dissolução, quinteto apresenta em SP clássicos dos 70 e 80 e promete nova safra para 2017

- THALES DE MENEZES

‘O público quer ouvir as canções de sucesso’, diz Mu, sobre músicas como ‘Menino Deus’, ‘Beleza Pura’ e ‘Zanzibar’ DE SÃO PAULO

“Beleza Pura”, “Zanzibar”, “Menino Deus” e por aí vai, um caminhão de sucessos na memória de quem consumiu música nos anos 1970 e 1980. Mas o show que A Cor do Som faz em São Paulo nesta quarta (10) não será nostalgia estéril, já prepara o futuro.

Quase 30 anos depois da parada oficial, em 1987, com dez discos lançados, o grupo retoma o trabalho para valer. E com a formação original: Mu Carvalho (teclados), Dadi (baixo), Armandinho (guitarra), Gustavo Schroeter (bateria) e Ary Dias (percussão).

A apresentaç­ão faz parte de uma turnê com cerca de 15 shows já marcados.

Mu fala à Folha sobre duas reuniões da banda nas últimas décadas: “Em 1994, o Armandinho fez uma temporada no antigo Jazzmania, no Rio, e convidou todos para uma participaç­ão. Foi tão legal que motivou a gente a fazer uma data no Circo Voador, gravada em CD. Depois, mais uma vez foi cada um pro seu lado, até 2005, quando tocamos no Canecão, no show que rendeu um DVD.”

A coisa não foi além daquele show, mas agora os cinco conseguira­m conciliar agendas para a turnê. Todos tocam suas carreiras na música: Mu compõe trilhas para novelas da Globo; Armadinho tem agenda cheia com o Trio Elétrico de Dodô & Osmar; Gustavo, Ary e Dadi são muito requisitad­os em gravações.

Armandinho mora em Salvador, e os outros estão no Rio. Há três anos, sempre que o guitarrist­a viaja à capital fluminense, eles se encontram e a banda se põe a trabalhar.

“É tipo reforma de igreja, feita aos poucos. Mas nesse ritmo já estamos com oito músicas novas gravadas: duas instrument­ais e seis cantadas. Pensamos em um CD, mas sem compromiss­o de data. Talvez saia até o fim do ano ou início de 2017”, conta Mu.

“Acho que, de duas décadas para cá, o país vem descendo a ladeira culturalme­nte. Se você parar para pensar na qualidade do que rola por aí, acaba ficando em casa e não faz nada. Mas a gente precisa fazer nossa música.”

O show de quarta não terá inéditas. “Há décadas não tocamos em São Paulo, o público quer ouvir as canções de sucesso e alguns instrument­ais, como ‘Arpoador’, que todos conhecem. No ano que vem a gente mostra a nova safra.” QUANDO qua. (10), às 21h ONDE Teatro Bradesco, r. Palestra Itália, 500, 3º piso do Bourbon Shopping, tel. (11) 4003-1212 QUANTO de R$ 80 a R$ 160 CLASSIFICA­ÇÃO 12 anos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil