Folha de S.Paulo

‘Não tem recado, só a medalha no meu peito’

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Rafaela Silva fala como luta, muito. Confira.

Preparação Foi fundamenta­l porque eu cai bastante no ranking. Em 2013 fui campeã mundial, estava como primeira. Em 2014, fui quinto. No ano seguinte, perdi na primeira luta. Então, não vinha bem, mas neste último ano me dediquei bastante, tinha um objetivo, que era representa­r bem o povo brasileiro e, se Deus quisesse, sair com uma medalha. E hoje a medalha está aqui. Desistir da carreira Eu conheci a Nell Salgado, que trabalha como voluntária no Instituto Reação. Comecei a fazer o trabalho com ela, gostei. Ela me fez uma pergunta simples: se eu me imaginaria em dois anos fora do judô. E aí que caiu minha ficha e eu voltei a treinar. Motivação Judô é a minha vida. Comecei aos cinco anos, não tinha objetivo, só queria brincar como todas as outras crianças. Depois que comecei a levar a sério, a ganhar competiçõe­s, imaginei que eu poderia estar em uma Olimpíada. Torcida Os adversário­s sentiram a pressão. Não podia decepciona­r todas essas pessoas. Redes sociais Não estava tendo acesso à internet para evitar. Procurei me concentrar, fazer uma boa competição e não ligar para os comentário­s. A gente via que eram comentário­s desnecessá­rios. Críticos Falaram que eu era uma incógnita. Resposta aos detratores Não tem recado, só tem a medalha no meu peito.

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