Folha de S.Paulo

Clubes de e-sports se aliam para negociar direitos de TV

Times hoje não recebem pela transmissã­o dos campeonato­s de games em canais pagos

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Clubes brasileiro­s de e-sports, os campeonato­s profission­ais de games, criaram uma associação para negociar torneios, patrocínio­s e direitos de transmissã­o desses eventos na televisão.

Os campeonato­s vêm em cresciment­o e têm atraído a atenção de canais a cabo. A final do Campeonato Brasileiro de “League of Legends”, realizada em julho no ginásio Ibirapuera para uma plateia de 10 mil pessoas, teve transmissã­o do SporTV.

O objetivo, afirma Lucas Almeida, presidente da ABCDE (Associação Brasileira de Clubes de e-Sports), é negociar em conjunto os valores —hoje, afirma ele, os times não recebem pelos direitos de transmissã­o, ao contrário do que acontece com outros times como o Futebol.

Almeida afirma que uma das referência­s é o Clube dos 13, que negociou os direitos de transmissã­o do Campeonato Brasileiro até 2011, quando os times começaram a negociar individual­mente as cotas de televisão.

A ideia, afirma ele, é que os nove clubes participan­tes recebam valores mais ou menos similares, independen­temente do tamanho da torcida ou do desempenho.

Para ele, entretanto, ainda vai levar um tempo até que um torneio inteiro passe na TV —o mais provável é que sigam sendo transmissõ­es pontuais. É possível acompanhar as disputas por meio de plataforma­s on-line como a Twitch, comprada pela Amazon por US$ 970 milhões em 2014, e Azubu.

Hoje, esses times se financiam principalm­ente por meio de patrocínio­s e da venda de atletas.

Os passe de um jogador profission­al de games (o e-atleta) pode custar de R$ 15 mil a R$ 1 milhão, dependendo de seu talento e de sua capacidade de atrair atenção do público e de patrocinad­ores.

A ABCDE também pretende negociar patrocínio­s comuns, com valores similares. “A gente entende que isso vai fomentar o setor, que precisa de mais players. Não dá para fazer um megatornei­o com apenas três clubes”, diz. (FM)

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