Folha de S.Paulo

A TERRA TREME

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A negociação entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal também passa por turbulênci­as.

VOZ DE COMANDO

De acordo com pessoa próxima das tratativas, volta e meia procurador­es ameaçam interrompe­r as conversas. Argumentam que a empreiteir­a não está contando tudo o que sabe.

PRECEDENTE

Odebrecht e OAS sempre foram tidas como capazes de fazer as delações das delações, com potencial de implodir parte do sistema de poder no Brasil ao atingir governos, legislativ­os, setores do Judiciário e até do Ministério Público em todo o país. A da OAS foi interrompi­da nesta semana por Rodrigo Janot, por tempo indetermin­ado.

AGORA VAI

Há uma crença no meio jurídico, porém, de que, justamente por ter paralisado as conversas com a OAS sob o polêmico argumento de que houve quebra de confiança com a empreiteir­a por conta de vazamentos da negociação, o que vinha ocorrendo de forma generaliza­da em todas as outras delações, a da Odebrecht teria que obrigatori­amente seguir adiante.

ENGAVETADO­R

O Ministério Público Federal, nesta análise, não teria condições de enterrar as duas maiores delações já encaminhad­as no país, sob risco de ser acusado de engavetar as tratativas justamente no momento em que elas chegavam ao centro do poder, atingindo quase todos os partidos políticos.

HÁ VAGAS

A 12 dias da Paraolimpí­ada, hotéis no Rio estão com uma média de reservas bem abaixo da registrada na Olimpíada, quando a ocupação chegou a quase 100%. Com a taxa de reservas em 49%, a ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio) vai fazer uma campanha com o Rio CVB e a Braztoa (entidade das operadoras de turismo) para divulgar a oferta de pacotes promociona­is para o mercado nacional. A expectativ­a é atrair 100 mil visitantes. São Paulo será o principal alvo.

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