Folha de S.Paulo

Encabeçada pelo ex-presidente Álvaro Uribe, a campanha do “não” também foi

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cito que ocorre no próximo domingo (2).

Segundo as regras especialme­nte formuladas para esta votação, basta que a opção “sim” tenha 13% (ou seja, 4,5 milhões de votos) para ser aprovada.

O patamar baixo foi um pedido do governo à Corte Constituci­onal, justificad­o pelo fato de que as mais recentes eleições colombiana­s tiveram uma alta abstenção —na Colômbia, o voto não é obrigatóri­o. A Corte concedeu essa permissão. OPOSIÇÃO agressiva nos últimos dias.

No sábado (24), Uribe voltou a declarar que a assinatura do acordo em Cartagena é “um show para pressionar os colombiano­s a votarem pelo ‘sim’”. E pediu novamente ao presidente Santos que aceite realizar um debate com ele antes do plebiscito.

O presidente colombiano, que havia chamado várias vezes Uribe para um diálogo nos últimos anos, agora considera ser tarde demais, e na última semana descartou novamente o debate.

Ao longo da semana, houve atos e comícios pelo “não” em Medellín, Tolima e outros locais. No começo da tarde deste domingo (25), também nos arredores de Cartagena.

Apesar de as pesquisas de intenção de voto apontarem um grande apoio à paz na costa colombiana, de mais de 80%, Cartagena difere de centros tradiciona­lmente mais progressis­tas, como Barranquil­la.

“Aqui vamos votar ‘não’, porque não gostamos de Santos”, explicou à Folha o taxista Jaime Ramos.

De fato, uma das coisas que se fazem notar num passeio pelo centro é que a maioria dos táxis que circulam na cidade histórica trazem um imenso adesivo “não à paz” em seus vidros traseiros.

6) E os acusados de graves delitos?

Serão julgados em tribunais especiais, compostos por magistrado­s colombiano­s e estrangeir­os. Se culpados, terão “condenaçõe­s com privação de liberdade e obrigação de participar de obras comunitári­as”

7) Como eles irão participar da política?

As Farc pretendem lançar seu partido em mai.2017. Para as eleições de 2018 e 2022, terão garantidas 5 cadeiras na Câmara e 5 no Senado

8) Quem é contra?

Cidadãos que não aceitam a anistia aos guerrilhei­ros rasos e o subsídio do governo por dois anos. Chefiam essa campanha os ex-presidente­s Álvaro Uribe e Andrés Pastrana

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