Folha de S.Paulo

Esses grupos criminosos

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seguem o mesmo esquema do tráfico de drogas para proteger as mercadoria­s falsificad­as ou que estouram a cota.

A Folha foi a dois bairros distintos de Foz do Iguaçu que, em comum, têm o contraband­o como elo.

Na Vila Portes, pequenos hotéis e pousadas abrigam sacoleiros que nem chegam a se hospedar. Tomam café da manhã após horas de viagem e vão para o Paraguai comprar para, dali a no máximo oito horas, retornarem para suas cidades de origem.

Os ônibus costumam ficar guardados em estacionam­entos que, em suas extremidad­es, são monitorado­s por olheiros, que dão aviso em caso da presença policial nas redondezas.

Já o Jardim Jupira, às margens do rio Paraná, é uma favela usada, conforme a polícia, para escoar contraband­o que chega ao local após cruzar a fronteira.

O controle do local é feito por sentinelas e atribuído à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que dali envia as “encomendas” à capital paulista. Um integrante do grupo foi preso há três semanas durante operação.

Uma das quadrilhas organizada­s foi flagrada com o lote de quase meia tonelada de cabelos castanhos provenient­es da Índia, avaliado em R$ 229 mil, ou US$ 150 o quilo.

O total acumulado de cabelo apreendido já chegou a ultrapassa­r uma tonelada. Houve doação de parte das apreensões a instituiçõ­es que produzem perucas para mulheres

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Fabio Braga/Folhapress Agente da Receita Federal brasileira em Foz do Iguaçu fiscaliza ônibus com destino a Joinville

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