Setor de cosmético mira Oriente Médio
Venda para a região cresceu quase 20% em 2015; área quer aumentar exportação após queda interna no consumo
Hoje maior parte dos produtos vai para a América Latina; China e Japão também são mercados atraentes
Para elevar o faturamento, o setor brasileiro de cosméticos e produtos de beleza quer aumentar a exportação de seus produtos. E o maior alvo é o mercado asiático, em especial o Oriente Médio.
As vendas para a região cresceram 19,1% em 2015 em relação a 2014 (veja mais no gráfico ao lado).
“Após a Copa e a Olimpíada, a imagem do Brasil está boa. Produtos que têm ligação com a Amazônia, com a natureza, têm boa entrada no exterior”, diz Thiago Brandão Farias, do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). “É um bom momento para planejar e buscar essas oportunidades no mercado internacional”, completa ele.
Depois de um crescimento médio anual de 11,4% nos últimos 20 anos, o setor nacional de cosméticos e produtos de beleza e higiene teve uma queda em 2015.
Apesar disso, Farias considera que essa ainda é uma das áreas mais promissoras para novos negócios no país devido ao potencial de expansão. “O Brasil está descobrindo o mercado asiático. Lá há uma procura pela qualidade de vida brasileira, a nossa natureza”, afirma ele. Ele cita China e Japão como mercados atraentes.
Hoje as vendas estão concentradas na América Latina. Os dez países que mais recebem produtos brasileiros estão na região —e compram 80% de tudo que é exportado pelo setor. A ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) intensificou desde 2014 os esforços da Beautycare Brazil, iniciativa que dá suporte a empresas que queiram exportar.
É esse o caso da Shinsei. Em operação desde 2002, a empresa de São Paulo já fez vendas pontuais para Alemanha e Oriente Médio, mas agora pretende estabelecer um fluxo regular e participa
Fábrica da Surya Brasil, no Jardim Raposo Tavares, em São Paulo