Folha de S.Paulo

Lula cobra que eleitores que pedem ‘fora, Temer’ votem em Haddad

- DANIELA LIMA

lançamento da candidatur­a.

De lá para cá, não apareceu em novos eventos até então, embora tenha dito no dia do lançamento da campanha que iria priorizar a reeleição na principal cidade do país, feito que o PT não alcançou com as então petistas Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2001-2004).

Lula é o nome que causa maior rejeição entre eleitores paulistano­s: 73% disseram que não votam no candidato apoiado pelo petista “de jeito nenhum” de acordo com pesquisa Datafolha feita nos dias 23 e 24 de agosto.

Como Haddad não mostrou sinais de recuperaçã­o nas pesquisas, porém, o prefeito e o ex-presidente decidiram levar ao ar propaganda­s que gravaram juntos.

Assim que chegou, Lula abraçou eleitores no chão e depois subiu no carro de som, onde fez a maior parte da “caminhada”. Ele subiu o tom e atacou os principais adversário­s de Haddad na corrida.

“O Doria vocês sabem o que ele é. Vocês sabem o que ele representa. Ele fala do PT, mas o partido dele não vale 1% do que vale o PT”, disse.

“Já o amigo Russomano, é melhor ele esperar acabar a eleição e voltar para aquele programinh­a dele de televisão em que ele defende coisa alguma”, completou.

DE SÃO PAULO

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disseà Folha que vai declarar seu voto na eleição municipal de São Paulo e “vou votar no PSDB”.

O tucano falou sobre o assunto durante entrevista na última terça (20). Sem citar o nome do candidato de seu partido à prefeitura, João Doria, confirmou que poderá gravar um vídeo de apoio ao tucano.

Disse, entretanto, que não gostaria que isso fosse transforma­do “em uma questão, um case, porque não sou militante de eleição municipal”.

O endosso de FHC à candidatur­a de Doria tem sido tratado com destaque pelo candidato tucano, como um símbolo de que a cúpula da sigla estaria unida em torno de seu nome.

“Vou declarar o voto e vou votar com o PSDB. Toda a gente sabe que eu apoiava o Andrea [Matarazzo], mas ele foi para outro partido [o PSD], ele não tinha muita alternativ­a.”

O ex-presidente, porém, fez questão de dar um recado velado ao governador Geraldo Alckmin, padrinho político de Doria.

“Minha opinião com relação ao efeito de eleição municipal sobre a federal: não tem. Entendo que as pessoas se movam pensando que tem, mas não acho que exista.”

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