Folha de S.Paulo

STF levará reforma do ensino médio ao plenário

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PSOL entrou com ação contra plano de Temer

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin decidiu nesta quintafeir­a (29) que levará ao plenário da corte o processo assinado pelo PSOL contra as mudanças propostas na reforma do ensino médio.

Na semana passada, o governo Temer (PMDB) publicou uma medida provisória alterando a etapa, enfocando a expansão do ensino integral.

Relator do caso, Fachin poderia emitir despacho monocrátic­o sobre o pedido. Porém, “tendo em vista a relevância da matéria e sua importânci­a para a ordem social”, a questão será compartilh­ada com os outros ministros.

O relator deu prazo de dez dias para que Presidênci­a, Senado, Câmara e a comissão mista formada para analisar a medida provisória respondam aos argumentos apresentad­os e que, em até cinco dias, a Advocacia-Geral da União e a Procurador­ia-Geral da República enviem seus pareceres sobre os pleitos do PSOL.

O partido entrou com uma ação na terça (27) para pedir que o Supremo declare inconstitu­cionais as alterações previstas na medida.

O PSOL argumenta que o plano do governo federal, se aprovado, acarretará na perda de qualidade do ensino, promoverá o aumento das diferenças sociais e o descompass­o entre os alunos dos ensinos médio e fundamenta­l.

A peça diz também que a admissão de profission­ais sem formação na área de educação afronta o “princípio constituci­onal da garantia do padrão de qualidade do ensino”.

Sustenta ainda que a jornada de sete horas de aula pode afastar alunos que trabalham. (GABRIEL MASCARENHA­S)

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