Folha de S.Paulo

O coração, o câncer e acidentes não têm hora, mas 15 de 100 candidatos foram assassinad­os

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de candidatos, a disputa para vereador atrai gente de todo tipo de perfil. Parte das mortes pode estar ligada à criminalid­ade urbana: ao menos um quarto dos mortos tinha carreira como policial e pelo menos proporção semelhante tinha acusação prévia de envolvimen­to com crime organizado. Isso ocorre especialme­nte no Rio, Estado que tem mais de um terço das mortes.

O que chama mais a atenção no levantamen­to, feito com o monitorame­nto de sites de notícias de São Paulo.

É raro que a polícia veja motivação política nos crimes. Já houve assassinat­o em disputa por lugar em fila, em Aragominas (TO). No Rio, consideran­do aspirantes a vereador mortos desde 2015, a polícia só havia encontrado motivação política em 2 de 13 mortes.

A situação na região da Baixada Fluminense está tão complicada que em uma cidade um candidato a prefeito desistiu de concorrer e noutra um passou a e queria concorrer a prefeito foi morto por encomenda de uma namorada que também saía com um traficante, segundo a polícia. Outro morto fora acusado de ter um desmanche de carros roubados. Um terceiro, segundo a polícia, foi morto por uma dívida de drogas.

Ainda que não haja motivação política, os assassinat­os de qualquer maneira refletem um grau de violência preocupant­e. Como desarmar isso?

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