Folha de S.Paulo

Trânsito todo lento na pista.”

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OPOSIÇÃO Antes de sua inauguraçã­o, o CPP foi alvo de disputa judicial com a prefeitura. O governo local era contra por alegar não ter como atender a demanda por serviços, como saúde e coleta de lixo.

Dez meses após a abertura, o local já tinha registrado fugas de 18 presos, nove deles na véspera do Natal de 2013.

Os detentos recapturad­os perderão o benefício do semiaberto e serão levados a prisões no regime fechado.

Familiares de presos ouvidos pela reportagem afirmaram que a superlotaç­ão e a suspensão de visitas motivaram a rebelião e a fuga em massa. Com capacidade para 1.080 presos, o local abrigava 1.861 no dia do motim.

“Uma rebelião num CPP, que é semiaberto, gera muita preocupaçã­o. Como a situação poderia estar insustentá­vel assim num lugar que poderia ser mais leve?”, questionou o advogado criminalis­ta José Carlos Abissamra Filho, diretor do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), ONG que atua na área do direito criminal. SINDICÂNCI­A diz que ele é resultado de “descontent­amento com a revista rotineira que foi realizada, cujo objetivo é a apreensão de celulares, drogas e outros objetos proibidos”.

Duas mortes são investigad­as —o corpo de um preso, cujo nome não foi revelado, foi achado carbonizad­o num canavial, enquanto um pescador relatou à polícia que outro detento teria se afogado ao tentar fugir no rio.

“queria [o presídio], porque sabia que uma hora isso poderia acontecer. Aí as pessoas ficam em pânico,

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