Tunisiano estaria ligado a clérigo recrutador de radicais
DE MADRI
As autoridades alemãs acreditam que o tunisiano Anis Amri, suspeito pelo ataque com um caminhão a um mercado de Natal em Berlim, estivesse conectado ao clérigo Ahmad Abdelaziz A., mais conhecido como Abu Walaa.
Walaa, que supostamente recrutava militantes para milícias terroristas, foi preso em novembro. Ele incentivava seus seguidores em seus sermões a viajar para a Síria e se unir a facções.
O recrutador foi denunciado por um ex-membro do Estado Islâmico, Anil O., 22, que identificou Abu Walaa como um dos líderes da milícia terrorista na Alemanha.
Figura esquiva de origem iraquiana, ele era conhecido como “o pregador sem rosto”. Ele aparecia de costas em vídeos e por vezes cobria-se com mantos negros. Nas gravações, costumava citar trechos do Alcorão antes de pregar contra os “infiéis”.
Investigadores afirmam que ele teria ao menos duas mulheres e vários filhos.
Sua prisão levou a protestos entre seus seguidores, que chegaram a publicar vídeos defendendo o clérigo.
Outros suspeitos foram detidos à época, no desmonte de uma extensa rede radical. Dezenas de militantes alemães viajaram à Síria e ao Iraque para combater nos conflitos civis ao lado de milícias terroristas. BRIAN DE MULDER