Turquia afirma ter matado quase 140 do EI
Combates em Al Bab, na fronteira turca, deixaram 14 baixas no Exército turco e 138 entre radicais, afirma Ancara
Batalha é parte de ação para conter terroristas e curdos sírios, iniciada em agosto, com a ajuda de rebeldes moderados
O Exército da Turquia e rebeldes sírios intensificaram nesta quarta (21) os confrontos com a facção terrorista Estado Islâmico (EI) na cidade síria de Al Bab. Segundo as forças turcas, 14 soldados e 138 milicianos morreram.
A batalha faz parte da Operação Escudo Eufrates, que tenta impedir o avanço dos radicais islâmicos no norte da Síria. Al Bab está cercada e a ação continuará nesta quinta-feira (22).
As forças turcas dizem que grupos rebeldes sírios aliados restabeleceram o controle de áreas próximas ao centro e ao hospital da cidade, com a ajuda de ataques aéreos e disparos de artilharia turcos.
“Assim que esta área for tomada, os domínios do Daesh em Al Bab se reduzirão em grandes proporções”, informou o comando, usando a palavra em árabe para se referir aos extremistas.
Em resposta, os integrantes do EI usam homens e carros-bomba, responsáveis pela maioria das baixas entre os soldados turcos. O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirma que 15 rebeldes morreram em combate.
Com isso, chega a 30 o número de soldados mortos na ação, iniciada em agosto. Além da milícia, o Exército turco também tem como alvo as Unidades de Proteção do Povo do Curdistão, braço militar dos curdos da Síria.
Ancara ampliou a ofensiva contra os curdos por considerar que eles poderiam fortalecer o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), qualificado como um grupo terrorista pela Turquia e que fez atentados no país.
A escolha dos curdos como alvo, porém, é criticada pela coalizão liderada pelos EUA. Os membros da etnia foram os primeiros a conterem o EI na Síria e no Iraque, de modo que a ação turca prejudica o combate à facção. ACORDO A operação acontece após a Turquia acertar com a Rússia e o Irã um acordo em que descrevem os princípios para um acordo de paz para dar fim à guerra na Síria.
Nesta quarta, a Assembleia-Geral da ONU aprovou a criação de um grupo de investigadores para investigar crimes de guerra na Síria — apesar das objeções da Rússia, que acusou as ONU de interferirem no trabalho do Conselho de Segurança.