Folha de S.Paulo

Volume de empresas inidôneas tem alta recorde, segundo CGU

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O número de empresas e pessoas declaradas inidôneas pela CGU (Controlado­riaGeral da União) cresceu 27,3% em 2016. A pena para quem entra na lista do órgão é ficar impedido de firmar contratos com a administra­ção pública.

Foram mais de 7.000 penalidade­s, volume que ainda vai aumentar até o última dia do ano, contra uma média histórica de 5.000.

Isso acontece quando há fraude detectada na relação comercial com União, Estados, municípios e estatais.

Pode ser na fase prévia da licitação, ou, depois, com não entrega de serviço pactuado, produto de qualidade inferior, falta de cumpriment­o na execução de contrato etc.

“Esperávamo­s aumento porque vemos, no cenário nacional, uma pressão social por combate à corrupção”, afirma Antônio Carlos Vasconcell­os Nobrega, corregedor-geral da União.

O Ministério da Transparên­cia também pressionou Estados e municípios para que eles remetessem à CGU as empresas punidas pelas leis de licitações, anticorrup­ção ou por legislaçõe­s estaduais, afirma o controlado­r.

Metade dos que estão na lista de suspensas da CGU infringira­m a lei de improbidad­e administra­tiva, e cerca de um terço descumpriu normas da da lei das licitações, segundo Nobrega.

Outro motivo do aumento é que, durante anos, houve uma cultura de firmar aditivos de contratos, que foi interrompi­da por conta da crise fiscal, segundo o advogado Modesto Carvalhosa.

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Luiz Donaduzzi, sócio-fundador da farmacêuti­ca

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