Governo da Itália vai resgatar o terceiro maior banco do país
Monte dei Paschi di Siena é a instituição mais antiga do mundo
O banco Monte dei Paschi di Siena, terceiro maior em ativos da Itália, será resgatado pelo governo por meio de um novo pacote de assistência de 20 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões), já que um plano de socorro do setor privado ao mais velho banco do planeta parecia destinado ao fracasso nesta quarta (21) e forçaria os credores do banco a aceitar prejuízos.
O resgate pelo governo, ao qual Roma vinha resistindo havia muito tempo, tem por objetivo controlar a crise em câmera lenta no setor bancário italiano, que alarmou os investidores e se tornou a principal causa de preocupação para as autoridades regulatórias das finanças europeias.
Os problemas do setor bancário da Itália se estenderam à esfera política, contribuindo para a derrota do governo no referendo deste mês sobre reforma constitucional.
Banqueiros afirmaram que o Monte dei Paschi di Siena não havia conseguido levantar dinheiro suficiente com uma oferta de conversão de dívidas em ações, até o prazo-limite desta quarta, e a expectativa era que o governo elevasse sua participação acionária na instituição, que hoje é de 4%.
Roma pode até assumir participação majoritária, de acordo com pessoas que es- tão assessorando o banco.
Os fundos para o resgate devem vir de um pacote 20 bilhões aprovado pelas duas Casas do Legislativo nesta quarta e que pode ser usado para resgatar diversos dos mais frágeis bancos do país.
O resgate pelo governo é o ápice de uma década de dramático colapso nas fortunas do Monte dei Paschi di Siena, banco criado em 1472 para apoiar fazendeiros da Toscana e que se tornou um instrumento de poder crucial na Itália, conectado à esquerda política do país.
Mas suas fortunas decaíram desde a mal concebida aquisição do rival local Banca Antonveneta por 9 bilhões em dinheiro, pouco antes da crise financeira.
As ações caíram 86% nos últimos 12 meses, ante uma desvalorização média de 50% dos bancos italianos. PAULO MIGLIACCI
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,19% em dezembro, ante 0,26% no mês anterior.
Foi o menor patamar para meses de dezembro desde 1998, quando o avanço foi de 0,13%. No mesmo mês de 2015, a taxa havia sido de 1,18%.
Com a alta, o IPCA-15 encerrou o ano em 6,58%, nível mais baixo desde 2014 (6,46%) e após fechar 2015 com alta de 10,71%.
O resultado veio abaixo do centro de expectativa dos economistas consultados pela Bloomberg, que esperavam avanço de 0,29% em dezembro e de 6,69% no ano.
A principal influência para a queda do IPCA-15 em dezembro veio de energia elétrica, que recuou 1,93%. O motivo foi a mudança da bandeira tarifária de amarela para verde, que não impõe custo adicional ao consumidor.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, três caíram no mês: artigos de residência (-0,52%), habitação (-0,28%) e alimentação e Bebidas (-0,18%).
O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA, o índice oficial de inflação. A diferença é o período de coleta de preços, que vai do dia 15 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.