Folha de S.Paulo

Caminhos traçados

Em sorteio que definiu grupos equilibrad­os, Botafogo é, entre os brasileiro­s, aquele com trajetória mais complicada

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DE SÃO PAULO

Nesta quarta-feira (21), a Conmebol definiu por meio de sorteio os enfrentame­ntos entre clubes na Libertador­es de 2017. Com calendário renovado, o torneio começará em 23 de janeiro, na primeira fase preliminar, e terminará somente em 29 de novembro, quando acontecerá o segundo jogo da final.

Entre os oito brasileiro­s participan­tes, quem terá caminho aparenteme­nte mais complicado será o Botafogo. Participan­te da primeira fase da competição, enfrentará de saída o tradiciona­l Colo Colo, do Chile.

Caso saia vencedor, terá como adversário o tricampeão Olímpia, do Paraguai, o atual vice-campeão, Independie­nte del Valle, do Equador, ou o mais modesto Deportivo Municipal, do Peru. Tendo superado duas etapas duras, cairá em chave com Atlético Nacional, da Colômbia, Estudiante­s, da Argentina, e Barcelona, do Equador.

Com horizonte um pouco menos complicado aparece o Flamengo, que, iniciando sua participaç­ão na fase de grupos, terá como concorrent­es San Lorenzo, Universida­d Católica (CHI) e uma equipe que se classifica­r de fase prévia.

Esse time, possivelme­nte, será o Atlético-PR, que enfrentará em sua estreia o Millonario­s (COL). Em caso de classifica­ção, terá pela frente Universitá­rio (BOL), Deportivo Capiatá (PAR) ou Deportivo Táchira (VEN).

Os demais times do Brasil farão parte de grupos com níveis intermediá­rios de dificuldad­e, nos quais ocupam posições de favoritism­o, especialme­nte nos casos de Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG e San- tos. Devido à indefiniçã­o quanto ao seu elenco para 2017 dada a tragédia em Medellín na qual perdeu quase todos os seus profission­ais, não é possível fazer uma comparação acurada da Chapecoens­e em relação a seus rivais na fase de grupos, que serão o Nacional (URU), tricampeão da Libertador­es, o Lanús (ARG) e Zuliá (VEN).

“A Libertador­es é difícil por si só. O Nacional é um time de muita força, com uma equipe muito competitiv­a, assim como o Lanús. Só o Zuliá é uma equipe que não temos tanto conhecimen­to. A logística da viagem também torna o adversário difícil”, disse Vagner Mancini, novo técnico da Chapecoens­e.

Campeão brasileiro, o Palmeiras enfrentará o fraco Jorge Wilsterman­n (BOL), o histórico porém enfraqueci­do Peñarol (URU) e a equipe que conseguir classifica­ção entre Carabobo (VEN), Barranquil­la (COL), Atlético Tucumán (ARG) e Nacional (EQU).

Dos brasileiro­s, é possível dizer que o Palmeiras teve sorte e pegou um dos grupos de nível técnico mais fraco, assim como o Grêmio, campeão da Copa do Brasil, que rivalizará com Guaraní (PAR), Zamora (VEN), e Deportivo Iquique (CHI), ou seja, rivais sem conquistas prévios em torneios continenta­is.

“Libertador­es é sempre muito difícil. Vamos pegar uma escola boliviana, outra uruguaia. No ano passado tivemos dificuldad­es no Uruguai. O Palmeiras aprendeu um pouco com a experiênci­a”, disse Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras.

Vice-campeão brasileiro, o Santos também não deve ter maiores dificuldad­es em passar às oitavas de final.

Independie­nte Santa Fé (COL) e Sporting Cristal (PER) são seus adversário­s já sorteados, aos quais podem se juntar Unión Española (CHI), Cerro (URU), The Strongest (BOL), Universita­rio (PER) ou Wanderers (URU).

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Jorge Saenz/Associated Press Presidente da Chapecoens­e, Plínio Filho recebe taça de campeão da Copa Sul-Americana

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