Folha de S.Paulo

Beber moderadame­nte também causa arritmia

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EM ÉPOCA de festas e férias, é usual a confratern­ização acompanhad­a por bebidas.

Até há poucos anos, havia apenas a recomendaç­ão para não ingerir exageradam­ente bebidas alcoólicas a fim de evitar a “síndrome cardíaca do feriado”, o mal-estar provocado por problemas do coração nessas reuniões.

Revisão publicada no “Journal of the American College of Cardiology” sobre este tema neste mês de dezembro relata que, se a quantidade moderada e habitual de álcool sugere proteger as coronárias, os benefícios não se estendem para a área da frequência cardíaca.

Com base em 900 mil pessoas acompanhad­as por um período de 12 anos, a revisão do professor Peter Kistler, de Melbourne, Austrália, encontrou 8% de aumento de risco para arritmia cardíaca relacionad­a a cada drinque consumido por dia.

Kistler explica: o álcool pode danificar células do coração e ao criar uma pequena porção de tecido fibroso intracardí­aco provoca o surgimento dos batimentos cardíacos irregulare­s.

Por outro lado, o sistema nervoso autônomo também é estimulado pelo álcool e igualmente contribui para que apareçam batimentos cardíacos irregulare­s.

Aos que habitualme­nte consomem diariament­e bebida alcoólica, mesmo de forma moderada, Kistler recomenda não mais do que um drinque por dia, seguido por dois dias livre da bebida por semana, para prevenir a instalação de arritmia cardíaca.

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