Rússia diz não ver sinais de terrorismo em acidente aéreo
Queda de avião militar no sul do país matou 92 pessoas no domingo (25)
Investigação considera mais provável que desastre tenha sido causado por erro do piloto ou falha técnica
O governo russo afirmou nesta segunda (26) que não considera provável que um ataque terrorista tenha causado a queda de um avião militar no mar Negro. As 92 pessoas a bordo morreram.
Segundo o ministro dos Transportes da Rússia, Maxim Sokolov, as investigações apontam como possível causa uma falha técnica ou erro do piloto. Antes, ele chegou a dizer que não se descartava nenhuma hipótese.
A aeronave, um Tupolev154, desapareceu dos radares no domingo (25), dois minutos após decolar do distrito de Adler, no sul da Rússia.
Entre as vítimas estão cantores do Coral do Exército Vermelho, dançarinos e membros de uma orquestra que iam à Síria entreter as tropas russas no Ano Novo.
A investigação para determinar os motivos da queda e para verificar se houve violações de normas de segurança já interrogou técnicos encarregados de preparar o avião antes da decolagem.
Segundo relatos, as condições de voo eram favoráveis no momento do acidente.
O Ministério da Defesa disse que a aeronave, construída em 1983, ainda na era soviética, havia passado por manutenção pela última vez em setembro e que recebeu outros grandes reparos em dezembro de 2014.
Na manhã de segunda, as equipes de busca resgataram 11 corpos, que foram levados para Moscou para identificação. De acordo com o Ministério de Emergência, mergulhadores encontraram destroços do avião a 1,6 km de distância da costa e a 25 m de profundidade.
Em 2010, uma aeronave do mesmo modelo caiu quando tentava aterrissar próximo a Smolensk, no oeste da Rússia. Havia 96 pessoas a bordo, entre elas o presidente polonês, Lech Kaczynski. Todos os ocupantes morreram. Na Lituânia, pessoas deixam flores em homenagem às vítimas