Folha de S.Paulo

Programa permite reduzir salário e jornada de trabalho por até dois anos

Projeto adotado no governo Dilma previa redução por um ano

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O governo vai permitir que empresas reduzam salários e jornadas de trabalho de seus funcionári­os por até dois anos, em troca da garantia da manutenção dos empregos desses trabalhado­res.

A previsão faz parte da medida provisória que estendeu por mais um ano o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), criado em julho de 2015 pelo governo Dilma Rousseff, e agora rebatizado por Temer como Programa Seguro-Emprego. O presidente assinou a MP na semana passada.

Até a renovação do programa era possível a redução de salários e jornadas em até 30% por até um ano.

Quem é incluído no programa não pode ser demitido sem justa causa durante o período de vigência da redução de jornada e salário.

Os trabalhado­res afetados pelo programa têm direito a uma compensaçã­o de até 50% do valor que deixam de receber de seus empregador­es, com teto de R$ 1.002 (65% da parcela máxima do seguro desemprego, hoje de R$ 1.542). Os recursos vêm do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhado­r).

As empresas podem aderir ao programa até o dia 31 de dezembro de 2017.

As companhias devem fazer a solicitaçã­o ao Ministé- rio do Trabalho e demonstrar sua dificuldad­e financeira.

Para isso, o governo levará em conta indicador que compara o saldo de contrataçõ­es da empresa nos últimos 12 meses com o número de funcionári­os que tinha no mês imediatame­nte anterior ao período.

Para aderir, também é necessário que as empresas firmem acordos coletivos com o sindicato que representa os trabalhado­res da categoria majoritári­a em seus quadros.

O Seguro Emprego tem seu prazo de encerramen­to previsto para o fim de 2018. Os acordos não podem incluir redução de salários e jornadas que ultrapasse­m essa data.

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Lin Yiguang/Xinhua » FESTA EM ALTA VELOCIDADE Passageira de grupo étnico chinês fala durante inauguraçã­o de linha de trem-bala que atravessa 2.252 quilômetro­s do país asiático

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