Folha de S.Paulo

Estados não podem ter a ilusão de depender do governo, diz Meirelles

Ministro diz que ainda não há plano emergencia­l para entes da Federação com pior situação

- MAELI PRADO

Nesta semana, Temer vetou projeto de socorro aos Estados por ter sido aprovado na Câmara sem as contrapart­idas

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (30) que o governo ainda não tem uma solução emergencia­l para os Estados em pior situação fiscal, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e que “não se deve criar a ilusão” de que tudo depende da ajuda da União.

“Estamos como todos muito preocupado­s com a situação emergencia­l dos Estados, mas é importante não transferir­mos a responsabi­lidade para a União. A União não criou os problemas dos Estados. A União está equacionan­do seus próprios problemas. Não se deve criar ilusão de que tudo depende da ajuda federal”, declarou, após a cerimônia de adesão do Brasil ao Clube de Paris (leia ao lado).

De acordo com ele, o governo federal tem limitações jurídicas para ajudar os entes da Federação, sob pena de ferir a Lei de Responsabi­lidade Fiscal. “O prazo [para socorrer dívidas de nações.

Em 2006, o Brasil quitou a dívida de US$ 2,6 bilhões que ainda tinha com a instituiçã­o. “Deixamos de ser devedores e passamos a ser credores internacio­nais. Nesse sentido, é fundamenta­l para o Brasil participar da formação das regras que definem o comportame­nto dos credores. Isso é vital para qualquer país credor”, disse Meirelles após a cerimônia.

Desde que o Clube foi criado, 60 anos atrás, os seus membros reestrutur­aram ou perdoaram US$ 600 bilhões em dívidas de 90 países.

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O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) durante cerimônia de adesão do Brasil ao Clube de Paris, fórum internacio­nal que reestrutur­a dívida de países

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