Folha de S.Paulo

Segundo ato por ambulante morto no metrô tem tumulto

Luiz Carlos Ruas foi assassinad­o dentro de estação, no domingo

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DO UOL

Um segundo protesto após a morte do ambulante Luiz Carlos Ruas na estação Pedro 2º do metrô, no centro de São Paulo, terminou em tumulto nesta sexta (30). Não houve feridos, detidos ou danos materiais, conforme o Metrô.

Ruas foi assassinad­o pelo segurança Alípio Rogério dos Santos, 26, e pelo auxiliar de pedreiro Ricardo Martins, 21, no domingo (25). Ele teria tentado defender uma travesti de agressão da dupla e foi morto por espancamen­to dentro da estação —os agressores dizem que reagiam a um assalto.

O ato, organizado por movimentos sociais, protestava pela mudança do nome da estação para o de Ruas e contra a “conivência do metrô e de uma parte da sociedade que mata por ser pobre e espanca pela condição sexual”, conforme o convite para a manifestaç­ão em rede social.

Segundo o Metrô, o protestoco­meçouàs15h­foradaesta­ção e depois seguiu para dentro, onde houve a confusão. Grades haviam sido co- locadas para conter quem eventualme­nte tentasse pular as catracas. Os manifestan­tes as derrubaram, gerando um pequeno tumulto. A Polícia Militar então fez um cordão de isolamento e, às 17h, o ato já tinha terminado, de acordo com o Metrô.

O primeiro protesto na parada Pedro 2º após a morte de Ruas ocorreu na terça (28). Na quarta (29), os assassinos confessos foram à estação para prestar depoimento à polícia, o que revoltou passageiro­s. Alguns chegaram a xingá-los e a atirar objetos neles.

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Walmor Carvalho/FotoRua Ativistas e familiares fazem ato em homenagem a Luiz Carlos Ruas na estação Pedro 2º

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