Folha de S.Paulo

Prefeito assume em Osasco após ser solto

Eleito nega acusações em discurso; foragido em Embu das Artes envia carta na posse

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Menos de 48h depois de sair da prisão, Rogério Lins (PTN) tomou posse, na manhã deste domingo (1º), como prefeito de Osasco (Grande SP) e chamou de injustiça as acusações de que fez parte de um esquema de contrataçã­o de fantasmas quando era vereador.

Sem conceder entrevista­s, Lins falou sobre o caso em seu discurso. “Não entendo as reais e verdadeira­s razões que levaram ao pedido de prisão. Mas continuo respeitand­o o Ministério Público e acreditado na Justiça do homem, na vontade do povo e na Justiça de Deus. Essa não falha, não tenho dúvida. Tudo, no final, será esclarecid­o.”

Lins, 38, é suspeito de contratar 14 funcionári­os fantasmas. Foram detidos no último mês outros 13 vereadores do município sob suspeita de integrar um esquema de desvios de R$ 21 milhões.

Ele foi considerad­o foragido por três semanas e só se apresentou à polícia ao voltar de férias dos Estados Unidos, no último dia 25 —o pai dele foi pegar seu diploma de prefeito eleito. A Justiça fixou a fiança em R$ 300 mil. OUTRO CASO Em Embu das Artes, também na Grande São Paulo, o prefeito eleito, Ney Santos (PRB), considerad­o foragido, não pôde tomar posse neste domingo e enviou uma carta para ser lida na cerimônia.

Em seu lugar, assumiu temporaria­mente o vereador Hugo Prado (PSB), eleito presidente da Câmara.

Santos teve a prisão decretada pela Justiça sob suspeita de lavar dinheiro para o PCC (Primeiro Comando da Capital) por meio de postos de combustíve­l. No último dia 15, a Justiça Eleitoral suspendeu, em decisão provisória, a diplomação dele e seu vice.

Na carta, o prefeito eleito disse ser “injustiçad­o e perseguido” e que vai se apresentar à Justiça “em breve”.

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Rivaldo Gomes/Folhapress Rogério Lins (PTN), durante cerimônia neste domingo (1º)

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