Folha de S.Paulo

Na contramão da arrecadaçã­o total, CSLL tem alta real de 4% em 2016

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A CSLL (Contribuiç­ão Social Sobre o Lucro Líquido) teve uma alta de 4% em termos reais entre janeiro e novembro deste ano. O tributo é um dos poucos que subiram: as fontes administra­das pela Receita Federal tiveram queda de 2,54% no ano.

Desde setembro de 2015, aumentaram as alíquotas dessa contribuiç­ão para as instituiçõ­es financeira­s —elas saíram de 15% e foram para 20% (as cooperativ­as de crédito são exceção e pagam 17%).

A alta tem prazo para terminar: a lei que estabelece­u esses valores determina que, em janeiro de 2019, as taxas voltam aos níveis anteriores.

O aumento foi uma maneira de reduzir a queda de arrecadaçã­o, segundo Aldo de Paula, do Azevedo Sette.

“Os bancos são grandes contribuin­tes, o setor finanAs

Evolução da arrecadaçã­o acumulada ao ano, em %

ceiro ainda tem lucros e, com a redução de outros setores da economia, como a indústria, essa foi uma saída.”

O IPI, que incide sobre a circulação de produtos industriai­s, teve uma queda real de 12,51% no acumulado de janeiro a novembro.

Para o governo federal, há uma vantagem em elevar a jul. ago. set. out.* nov. CSLL: não é compartilh­ada com os Estados, caso do IPI, por exemplo, afirma Rafael Bistafa, economista da Rosenberg e Associados.

“A contribuiç­ão é para a seguridade social, mas 30% das receitas da União podem ser desvincula­das e entram no caixa do governo para ele alocar onde bem entender.”

R$ 5 BILHÕES

foi a receita bruta total neste ano no Brasil

R$ 343 MILHÕES

foi o faturament­o da divisão de isentos de prescrição médica

2.100

são os funcionári­os da empresa no país

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Camilo Tedde, principal executivo da Pfizer Consumer Healthcare, divisão de medicament­os isentos de prescrição

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