Autor passava por tratamento psicológico e ouvia vozes, diz FBI
O ex-militar Esteban Santiago, 26, recebeu tratamento psicológico após uma visita à sede do FBI (polícia federal dos EUA) em Anchorage, no Alasca, em novembro em que disse que ouvia vozes.
Agentes de segurança federais disseram à imprensa dos EUA que o suposto atirador ouviu de uma das vozes que a CIA (Agência Central de Inteligência) o estaria forçando a ver vídeos da milícia terrorista Estado Islâmico.
O intuito da coerção, afirmava o ex-soldado, era de que ele aderisse à facção. Depois disso, os agentes chamaram a polícia local e Santiago foi voluntariamente a um centro de atendimento psiquiátrico para tratamento.
O incidente no Alasca ocorreu um mês depois de o suposto atirador ter sido colocado na reserva do Exército por performance insatisfatória. Apesar disso, sua licença de porte e translado de armas não foi cassada, o que permitiu o embarque no avião.
De origem porto-riquenha, o suspeito nasceu no Estado de Nova Jersey, mas mudouse aos dois anos para a ilha no Caribe. Aos 18, alistou-se na Guarda Nacional de Porto Rico até que, dois anos depois, foi convocado para se unir ao Exército no Iraque.
No período de dez meses no país árabe, foi duas vezes condecorado por suas habilidades em combate. Ao voltar a Porto Rico, ele chegou a passar por tratamento por transtorno pós-traumático, mas foi liberado.
Em 2013 mudou-se para o Alasca para servir no Exército e na Guarda Nacional como engenheiro de combate. Nesta época, porém, ele voltou a ter problemas psicológicos e cometeu delitos.
Dois anos atrás ele foi acusado de violência doméstica, agressão e dano ao patrimônio, mas as ações foram arquivadas. Após deixar o posto militar por diversas vezes, foi definitivamente afastado.
Um de seus irmãos, Brayan, disse que não imaginava que seu irmão fosse capaz do ataque como esse, mas que ele pode ter tido uma visão. Eles não recebiam notícias de Esteban há três semanas.
“Ele era uma pessoa comum, espirituosa, do bem”, disse, ao canal NBC.