Folha de S.Paulo

Sessions aproveitou a sabatina para se defender de acusações de racismo e disse

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Indicado por Donald Trump para ser o secretário de Justiça dos EUA, o senador Jeff Sessions afirmou nesta terça-feira (10) ser contra o veto à entrada de muçulmanos ao país, a investigaç­ão à democrata Hillary Clinton e o uso da técnica de afogamento contra terrorista­s.

As três medidas foram defendidas pelo seu futuro chefe na campanha que o levou à Casa Branca. No entanto, manteve sua opinião favorável às deportaçõe­s de imigrantes ilegais e ao muro na fronteira com o México.

Na sabatina no Senado, o indicado disse que não apoiará nenhuma medida que impeça a entrada de imigrantes por religião. Por outro lado, defendeu barreiras aos oriundos de países que apoiam o terrorismo, o que afirma ser a intenção de Trump.

Sessions também declarou respeito à lei que proíbe o afogamento em interrogat­órios de suspeitos de terrorismo, aprovada em 2015, mas deseja uma liberação para “os escalões mais altos” das Forças Armadas e dos agentes dos serviços de inteligênc­ia.

Em outro ponto em que se opõe ao seu chefe, ele se absteve de comentar sobre as investigaç­ões contra Hillary por usar um e-mail privado quando era secretária de Estado no primeiro governo do presidente Barack Obama.

Trump chegou a dizer que prenderia a adversária se fosse eleito, mas voltou atrás depois de vencer a eleição.

O futuro secretário disse na sabatina ser favorável à prisão de Guantánamo por ser um local seguro para abrigar suspeitos de terrorismo.

Ele ainda fez defesa entusiasma­da da promessa de seu chefe de fazer um muro na fronteira com o México e o impediment­o de cidadania a qualquer imigrante ilegal. RACISMO

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