ENTREVISTA ‘Não houve transição’, diz ex-diretor de biblioteca
Substituído por Charles Cosac na Mário de Andrade e preocupado com fim dos programas que implantou, professor volta a lecionar na USP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Dias após ter deixado a direção da Biblioteca Mário de Andrade, em que esteve por quatro anos, o professor Luiz Armando Bagolin volta à avenida São Luís, na região central de São Paulo.
O artista plástico, com mestrado e doutorado em filosofia pela USP, onde volta a lecionar, sentou-se com a Folha num café em frente à BMA para falar sobre a mudança de poder da maior biblioteca do Estado. “Não houve transição.”
O ex-diretor afirmou temer que projetos, como a abertura 24 horas do local e um plano de digitalização do acervo em que trabalhou por três anos, sejam esquecidos na falta de diálogo.
O editor Charles Cosac aceitou o convite feito pela gestão João Doria (PSDB) para ser o novo dirigente da Mário de Andrade.
Procurado para saber sobre seus planos para o órgão, ele não se pronunciou.
A Secretaria Municipal de Cultura tampouco quis comentar as afirmações de Bagolin. Leia abaixo trechos da entrevista. FORMAÇÃO Graduação em artes plásticas em 1990 na ECAUSP, seguiu na mesma universidade para o mestrado e o doutorado, ambos em filosofia OCUPAÇÃO Recém-saído da direção da Mário de Andrade, volta a ser professor de história do Instituto de Estudos Brasileiros da USP