Maduro ignora Parlamento e discursa à Suprema Corte
Conduta do presidente da Venezuela ‘está fora da Constituição’, diz líder do Legislativo
O circo Barnum & Bailey foi fundado por P.T. Barnum em 1871 e ficou conhecido por exibir bizarrices.
Chamado de o “príncipe dos charlatões”, P.T. Barnum não hesitou em exibir em seu espetáculo gigantes da Islândia, mulheres da Patagônia, anões e até uma sereia de Fiji –que na verdade era um torso de macaco com uma cauda de peixe costurada.
O Barnum & Bailey foi comprado pelo Ringling Bros. após a morte de Barnum, em 1906, dando origem ao espetáculo combinado.
Mas atrações como o trapézio voador, o domador de leões, o homem-bala e os palhaços não resistiram às inovações tecnológicas do século 20 e ao mundo digital.
Estão programadas visitas a 30 cidades americanas ainda neste ano. O Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus fará sua despedida em maio em Uniondale, Nova York.
Em mais um capítulo da crise política na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro fez seu discurso sobre o Estado da União neste domingo (15) aos juízes do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) e não à Assembleia Nacional, algo inédito no país.
A oposição, maioria no Parlamento, acusa o Judiciário de servir ao chavismo. Na semana passada, a Corte declarou ilegal a nova mesa diretora da Assembleia, invalidando a declaração de abandono de cargo de Maduro.
“Haverá justiça contra tanto desacato e conspiração”, disse o chavista, referindo-se à decisão da Assembleia como “manifesto golpista”. O presidente do Parlamento, Julio Borges, afirmou que não se apresentar perante o Legislativo ratifica que Maduro “está fora da Constituição”.
O mandatário prorrogou pela terceira vez a vigência das cédulas de 100 bolívares —agora para 20 de fevereiro—, um mês depois de anunciar a retirada de circulação dos bilhetes, o que provocou saques e protestos. As novas notas, de até 20 mil bolívares, devem chegar nesta semana. Segundo o FMI, a Venezuela teve a mais alta inflação do mundo em 2016 (475%).
Maduro afirmou ainda que nesta segunda-feira (16) será publicado o primeiro decreto de emergência econômica do ano, dispositivo com o qual governou durante todo o ano passado. Ele dispensa licitações e trâmites cambiais para facilitar a importação de bens e insumos.